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Gestante é transferida para BH após suspeita de dengue hemorrágica

A criança nasceu e os médicos acreditam que ela tenha contraído a doença também

Aparecida da Silva, de 24 anos de idade e moradora do bairro Marília, pegou dengue hemorrágica semanas próximas ao dia de dar à luz, e teve que ser transferida com urgência para a Maternidade Odete Valadares, em Belo Horizonte. De acordo com a irmã dela, Joyce Silva, Jaqueline manteve os cuidados principalmente quanto ao uso de repelentes e vacinas durante todo o período da gravidez, e mesmo assim eles não foram suficientes para evitar a doença. Joyce contou que a irmã começou a ter os sintomas no dia 23 de abril e foi até à UPA de Lagoa da Prata. “Ela não estava aguentando mais, muita dor no corpo, náuseas e dor de cabeça. Lá colocaram soro e ela ganhou alta no dia seguinte. No dia 25, minha mãe a levou para fazer o ultrassom, e viram que a placenta estava sem líquido”, disse e acrescentou que Jaqueline procurou o Hospital São Carlos mas não teve atendimento de obstetrícia e voltou para a UPA. A reportagem do Jornal Cidade tentou contato com a gerência do Hospital São Carlos, mas as ligações não foram atendidas e nem retornadas, deixando o espaço em aberto para esclarecimentos futuros.

Na UPA conseguiram a transferência da gestante para a maternidade em Belo Horizonte, onde a criança nasceu no dia 2 de maio, e se chama Nicoly Vitória. Quanto ao parto, para evitar hemorragia, a equipe medica chegou a tentar a indução, porém, como a gestante estava muito fraca, não foi possível prosseguir, e precisaram fazer a cirurgia cesárea. “Ela teve que ir para o Centro de Terapia Intensiva, está com anemia e muito fraca, deu edema, e teve duas paradas cardíacas. A filha dela teve três paradas cardíacas e está tendo sangramento. Os médicos acham que a dengue foi transmitida para a criança, ainda não tem comprovação por exames, ela fez tratamento para as plaquetas, saiu do CTI e aguarda a alta para os próximos dias”, explicou.

Em nota, o diretor clínico da UPA, Felipe Félix Alves, falou sobre como foi o atendimento à gestante Jaqueline.

“Trata-se da paciente Jaqueline Aparecida da Silva, 24 anos e 37 semanas de gestação. Deu entrada na UPA de Lagoa da Prata no dia 25/04 por volta das 22:30 horas, sendo prontamente atendida, apresentando sintomas que favoreciam diagnóstico provável de dengue, e ausência de sintomas obstétricos. Diante das queixas apresentadas e do hemograma realizado no mesmo dia, a paciente se enquadrava no grupo C da dengue, dentro do fluxograma/protocolo orientado pelo Ministério da Saúde. Seu tratamento a partir de então, foi conduzido adequadamente e rapidamente, sendo mantida em observação, com hidratação venosa vigorosa e contínua, e solicitado novos exames. Diante da manutenção de alterações laboratoriais – queda discreta de plaquetas em relação ao exame prévio – em detrimento de estabilidade clínica, solicitamos avaliação do obstetra de sobreaviso, que corroborou com a condução clínica proposta/realizada e do ponto de vista obstétrico, orientou realização de ultrassom.

 “Optamos por internação clínica independente do resultado do ultrassom, sendo cadastrada no SUS Fácil. Seguiu durante o dia 26/4, em tratamento clínico, conforme solicitado pelo Ministério da Saúde, e exames laboratoriais seriados. A paciente, nesse período, manteve-se com estabilidade clínica e sem sintomas obstétricos. Todavia, diante do resultado do Ultrassom, que demostrava baixa quantidade de líquido – ILA: 2 -, e novo exame laboratorial apresentando queda importante de plaquetas, agora em valor de 28000, urgentemente iniciamos busca ativa via contato telefônico de transferência para CTI em Belo Horizonte em hospitais com complexidade adequada. Em poucas horas, leito disponibilizado no hospital Odete Valadares, sendo a paciente transferida pela ambulância de cuidados avançados do SAMU”.

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