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Fragilidades | Artigo

Imagem: Ilustração

Em qual sociedade você vive? Em qual planeta sua cabeça está? Anda com os pensamentos no mundo da lua? O que tem feito para melhorar o seu entorno? Sua contribuição está valendo a pena? Antes de continuar lendo, pare um minuto para encontrar no seu consciente essas respostas, pois faço tais indagações, para cutucar sua reflexão neste momento histórico que estamos vivendo. Há uma transformação ocorrendo na Terra que mudará os rumos da nossa estrada: terremoto, furacão, falta d’água são as intervenções da natureza; reformas políticas, crise econômica, guerra nas favelas são os desafios sociais; briga de ideologias, vigilância na internet, as conexões virtuais são o “novo” modelo de vida.

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, falecido em janeiro de 2017, aos 91 anos, ao analisar a condição humana, dissertava opiniões dizendo que vivemos em uma sociedade individualista, fluída, onde as relações são passageiras. Uma de suas mais famosas frases é: “Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar”. Ou seja, estamos perdendo, em vários campos, a memória. Não nos lembramos do ontem, não nos preocupamos com o amanhã, a história fica esquecida, já que vivemos a intensidade do hoje, do momento, do agora. E temos um exemplo significativo para demonstrar isso, que é a fotografia.

Os aparelhos celulares são capazes de registrar fotos maravilhosas, com ou sem filtro, com edições espetaculares, que deixam qualquer clique com fama de algo profissional. Não há o limite dos antigos filmes que vinham em 12, 24 ou 36 poses. Podemos fotografar uma paisagem inúmeras vezes e escolher apenas uma para postar no Facebook e fazer inveja aos amigos em busca de curtidas. Porém, salvamos as fotos em pendrives ou na dita memória do smartphone e do computador. Apenas um vírus é capaz de deletar tudo em segundos ou um ladrão leva o aparelho em um descuido nosso. Para onde vão nossas memórias fotográficas? De que adianta ter um telefone de última geração se os seus recursos são efêmeros? Alguns vão me criticar afirmando que as emoções vividas em determinado instante não precisam ficar nas fotos, basta uma cabeça boa para guardar as lembranças. Em um tempo em que não nos lembramos do que comemos no dia anterior, será que vamos recordar de tantas coisas pretéritas?

Onde está reinando tanto ódio às minorias, às diversidades, às mulheres, ao outro, ao adversário no campo de futebol ou no campo político, indiferentemente de quem você seja, é preciso repensar o modo de se viver. Dói ouvir dos ditos “homens escolhidos por Deus”, que dominam a palavra, que conhecem a Bíblia e a usam para suas próprias interpretações, seus próprios interesses, os maiores preconceitos e bobagens sobre a vida alheia. Usam a mensagem divina para o controle, para as manobras eleitoreiras, para usurpar dos fiéis a condição do conhecimento. Afinal, quanto mais ignorantes somos, mais fácil cair em armadilhas.

Quero fazer algumas sugestões para ajudar nas respostas das questões que fiz lá no primeiro parágrafo. Para ser uma pessoa melhor, coloque como meta as seguintes preocupações a ter no dia a dia. E se você já faz alguma, espalhe-as para aqueles que não pertencem à vida em sociedade:

  • aprender Língua Portuguesa, interpretação de texto, biologia, política;
  • aprender regras de etiqueta, na rua, na casa, nas redes sociais;
  • aprender a pedir licença, a agradecer, a ser gentil, a dizer por favor;
  • se você for cristão (católico, evangélico ou espírita), coloque os 10 mandamentos em prática;
  • se for budista, umbandista ou do candomblé, xamânico, mórmon, ateu… lembre-se de que todos os líderes espirituais pregam o AMOR;
  • antes de julgar o outro, cure o cérebro, que pode estar doente. A cura: encher de conhecimento. Se alguém fizer você feliz, revide…

Juliano Azevedo

Jornalista, Professor Universitário, Escritor.

Blog: www.blogdojuliano.com.br

Twitter e Facebook: @julianoazevedo

E-mail: [email protected]

Instagram: @julianoazevedo / @ondeeobanheiro

 

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