Formiga – Prefeitura suspende aulas e cria alternativas por água na cidade
Após decretar estado de calamidade pública por causa da crise no abastecimento de água, a Prefeitura de Formiga anunciou nesta quinta-feira (16) que as aulas das escolas municipais estão suspensas a partir da próxima segunda (20).
O prefeito Moacir Ribeiro e representantes da Secretaria Municipal de Educação e da Inspetoria de Ensino se reuniram na manhã desta quinta-feira para chegar à decisão. Já a Superintendência Regional de Ensino avalia se as aulas nas escolas estaduais da cidade também serão suspensas. Segundo a Prefeitura, o funcionamento das creches municipais será mantido.
Água em poço
Outra alternativa para reduzir os efeitos da crise no abastecimento de água na cidade foi a restauração do poço artesiano localizado na antiga Indústria Santa Rita, às margens da MG-050.
De acordo com a Prefeitura, o poço tem vazão considerada alta para a região de Formiga, com 30 mil litros de água por hora. Agora, todos os caminhões-pipa passarão a ser abastecidos no local, aumentando a quantidade de água que será destinada à rede de distribuição. Há ainda a opção da população buscar água no poço para fins pessoais. A Prefeitura destaca que o fornecimento durante o dia será monitorado por funcionários.
[pull_quote_left]Continuamos em situação crítica. O poço na Santa Rita ajudará, mas não resolve o problema. Precisamos continuar contando com a contribuição de todos[/pull_quote_left]
“Continuamos em situação crítica. O poço na Santa Rita ajudará, mas não resolve o problema. Precisamos continuar contando com a contribuição de todos”, observou em nota o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Ney Araújo.
Calamidade Pública
A Prefeitura de Formiga decretou estado de calamidade pública no fim da tarde de terça-feira (14). A medida foi publicada no Diário Oficial dos Municípios Mineiros na quarta-feira (15). Para amenizar os efeitos e tentar manter o que resta de água nos reservatórios do Saae, o Executivo adotou um sistema de racionamento. Para cada 12 horas de abastecimento os moradores ficam 48 horas sem água. A metodologia funciona em bairros alternados.
Segundo a Secretaria de Comunicação, o Saae trabalhava com uma vazão superior a 180 litros de água por segundo em épocas normais. Desde o dia 3 de outubro a vazão caiu para 115, considerado o nível mais baixo da história até a data, segundo a Prefeitura. Depois disso, a vazão caiu ainda mais e atualmente é de 78 litros/s. O município tem operado o abastecimento com menos da metade da capacidade.
Fonte: G1