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Falta de soro antiveneno deixa população em alerta

Foto: Instituto Vital Brazil

Secretaria de Estado de Saúde informa que a maioria dos acidentes podem ser evitados tomando medidas preventivas

No dia 11 de setembro, um morador de Lagoa da Prata publicou em uma rede social uma reclamação sobre a falta de soros antivenenos na UPA de Lagoa da Prata. As ampolas disponíveis na unidade não teriam sido suficientes para cortar o veneno de uma cobra cascavel que picou o sogro dele, motivo pelo qual, segundo o reclamante, foi necessária a remoção do paciente para Belo Horizonte.

De acordo com o secretário municipal de saúde, Geraldo de Almeida, os soros antivenenos são fornecidos pelo Ministério da Saúde e estão em falta em todos os municípios do Brasil. “Faz um ano que os municípios reclamam da falta de soros para acidentes com animais peçonhentos”, reclama Almeida. A reportagem do Jornal Cidade entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde que confirmou a informação.

O secretário ainda informou ao Jornal Cidade que no dia 12 de setembro a UPA de Lagoa da Prata tinha em estoque cinco amplas de soro anticrotálico (utilizado no tratamento de envenenamento provocado por cobras do gênero Crotalus, popularmente conhecida como cascavel. O soro não é recomendado para picadas de outras cobras, como jararaca, jaracuçu, urutu, cotiara, coral ou sururucu) e cinco ampolas de soro antiescorpiônico.

SECRETARIA ESTADUAL EXPLICA

Em nota enviada ao Jornal Cidade, a Secretaria de Estado de Saúde – Superintendência Regional de Divinópolis informou que desde o fim de 2015 houve redução da produção de soros antipeçonhentos devido à reestruturação de dois laboratórios, o que acarretou em menos quantidade de doses enviadas aos Estados e, consequentemente, às regionais e municípios.

Confira a nota:

Dessa forma, foi necessário fazer o remanejamento dos soros para municípios maiores, com melhor qualidade de atendimento para que estes pudessem atender aos pacientes de uma determinada região de saúde.

Esta situação acontece em todo o estado de Minas Gerais, pois o fornecedor é o Ministério da Saúde que adquire toda a produção dos laboratórios produtores e distribui de acordo com critérios epidemiológicos para os estados da federação.

Diante deste cenário, foram definidas as sedes de microrregião de saúde como polos de soros e, havendo demanda, a unidade solicitante entra em contato com sua sede de microrregião ou mesmo com a superintendência em Divinópolis que remaneja o soro para atender o acidente. Esta foi a maneira sugerida pelo Ministério da Saúde até que a situação se normalize.

O fluxo de reposição de soros é feito mediante a notificação do caso pelo município solicitante, portanto, sempre que Lagoa da Prata notificou algum acidente a reposição dos soros utilizados foi feita.

Quanto aos soros antiescorpiônico e antitetânico não houve uma redução significativa do quantitativo distribuído, tanto que o município de Lagoa da Prata sempre teve um estoque de soro antiescorpiônico suficiente para tratar um acidente classificado como grave, que representa a minoria dos casos.

A previsão de regularização dos estoques é para o ano de 2018. Se algum cidadão sofrer um acidente, ele deve procurar uma das unidades de soroterapia para atendimento. Caso não esteja disponível o soro na unidade, será feito um remanejamento entre as unidades de soroterapia. Todas as unidades tem conhecimento deste remanejamento de soros”, informou a Secretaria de Estado de Saúde.

No início de 2017, os três principais laboratórios que fabricam soros antivenenos no Brasil (Fundação Ezequiel Dias/MG, Instituto Vital Brazil/RJ e Instituto Butantan/SP) tiveram que parar a produção para realizar readequações, atendendo as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

PREVENIR É O MAIS IMPORTANTE

A assessoria da secretaria estadual destacou que a maioria dos acidentes são evitáveis tomando medidas preventivas como ter cuidado antes de pegar algum objeto em lugares onde estes animais possam estar abrigados. Durante as atividades laborais de campo, é necessário proteger as pernas e não estar descalço, haja vista que a maioria dos acidentes ocorre nas mãos e membros inferiores (cerca de 91% dos casos).

Veja outras matérias publicadas sobre a falta de soro antiveneno em 2017:

Em Minas Gerais: http://www.otempo.com.br/capa/brasil/falta-de-soro-antiveneno-desabastece-munic%C3%ADpios-1.1436232

No Rio de Janeiro: http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2017/02/falta-de-soro-antiofidico-preocupa-moradores-do-sul-do-rio.html

No Mato Grosso: http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2017/01/apos-morte-governo-alega-reducao-de-doses-de-soro-antiofidico-para-mt.html

Em Minas Gerais, com morte do paciente: http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2017/02/falta-de-soro-antiofidico-provoca-morte-de-idoso-em-cambui-mg.html

Na Bahia: http://livrenoticias.com.br/falta-de-soro-antiofidico-no-baixo-sul-causa-desespero-e-alerta-aos-municipes-do-territorio/

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