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Falta de ‘Reuquinol’ nas farmácias preocupa moradores de LP que fazem uso contínuo do medicamento

Vídeo que circula nas redes sociais afirma que remédio é cura para Covid-19; Anvisa não recomenda substância.

Um vídeo circula nas redes sociais informando que a substância hidroxicloroquina, presente no medicamento de nome comercial Reuquinol, é a cura para a Covid-19, doença que vem assustado o mundo todo, devido ao grande número de infectados e mortes. No entanto, nesta última quinta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que não tem recomendação para uso de medicamentos que contêm hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento contra o coronavírus. E que não existem estudos conclusivos que comprovam a eficácia destas substâncias.  

As substâncias estão presentes em medicamentos contra a malária, reumatismo, inflamação nas articulações, lúpus, entre outros. “Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da Covid-19. Assim, não há recomendação da Anvisa, no momento, para o uso em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação. Ressaltamos que a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde”, informou em nota a Anvisa. 

Em Lagoa da Prata, moradores que fazem uso contínuo do medicamento já manifestaram preocupação, devido a falta nas farmácias e drogarias. Bruna Elisa faz uso do remédio há 9 anos, porém está com dificuldades de encontrá-lo. Conforme ela,  muitas pessoas compraram sem necessidade, com o intuito de prevenir da doença, porém esta atitude está prejudicando quem realmente precisa. “Este remédio é para doenças graves, o uso incorreto é perigoso e pode causar sofrimento. Além disso, a Anvisa proibiu que os laboratórios fornecessem os medicamentos, só será permitido o uso nos hospitais. Por isso, quem comprou pode nos ajudar muito”.

Ela informou que sofre com lúpus eritematoso sistêmico e precisa tomar o medicamento todos os dias e que restam poucos para acabar a cartela. “É muito sério, pois se caso precisar entrar com uma ação judicial demorará muito tempo e eu não posso esperar, eu preciso dos remédios”, contou.

Um outro morador, que preferiu deixar o nome resguardado, informou que a esposa também faz uso do medicamento, mas que não encontra na cidade e que o vídeo divulgado fez com que várias pessoas saíssem para comprar, prejudicando quem realmente precisa.

A moradora Daffeny Furtado também manifestou indignação. “Tenho uma amiga que tem uma doença tipo lúpus, ela só tem dois comprimidos e está em pânico. Ela trabalha na farmácia e quando saiu o vídeo, ligou lá para conferir se ainda tinha. E já havia sido vendidas as caixas, ela está sem. Minha amiga precisa do remédio para sobreviver, é uma irresponsabilidade uma coisa dessas”, concluiu.

Nós entramos em contato com algumas farmácias da cidade que nos afirmaram que o estoque do remédio acabou em poucas horas, além disso, também confirmaram que a Anvisa proibiu aos laboratórios o fornecimento para os estabelecimentos comerciais. O medicamento só está disponível para uso no hospital.

A redação do Jornal Cidade também entrou em contato com o secretário de Saúde, Geraldo de Almeida, para esclarecer sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. Caso se manifeste, será acrescentado na matéria.

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