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Ex-prefeito de Arcos e vereadores da cidade são presos em operação de combate à corrupção

Foto: Prefeitura de Arcos

O ex-Prefeito de Arcos, Claudemir José de Melo, e os vereadores João Paulo Cunha Marolo (PSD), atual presidente da Câmara, Wirlei de Castro Alves (PHS) e Pedro César Rodrigues (PSD) foram presos na manhã desta quinta-feira (6) durante uma operação de combate à corrupção no município.

As operações “Ônibus Fantasma” e “Rota Alternativa” foram deflagradas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com a Polícia Militar (PM), às 6h da manhã desta quinta-feira.

Ao todo, serão cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 26 mandados de busca e apreensão e ordem de afastamento de quatro agentes públicos de seus cargos.

De acordo com a PM, além do ex-prefeito e dos vereadores, o alvo dos mandados são empresários e servidores da Prefeitura de Arcos que ocupavam cargos de direção e chefia entre 2009 e 2012 e agosto de 2014 e 2016.

Combinação de preços

O MPMG afirmou que também foram apuradas infrações entre 2017 e 2018, como a combinação de preços entre as empresas de transportes para unificar a cobrança por serviços aos consumidores, atuação coordenada de empresas concorrentes em processos licitatórios e cooptação e intimidação de testemunhas.

Segundo a promotoria, as investigações foram iniciadas em 2017 e revelaram o “funcionamento de uma organização criminosa na Prefeitura” dentro do período investigado. Dentre as infrações, foi apurado o funcionamento de um esquema de direcionamento de licitações e superfaturamento de contratos administrativos em vários setores do poder Executivo.

Ainda de acordo com o MPMG, o esquema atuava “inclusive no âmbito dos serviços de transporte de estudantes universitários, transporte de alunos da zona rural, transporte de carnes para os açougues da cidade, serviços de conservação de escolas e creches municipais e limpeza urbana e manutenção de prédios públicos”.

O valor estimado dos valores pagos em propina ultrapassa R$ 1 milhão, segundo o MPMG.

‘Ônibus Fantasma’

A operação investiga os processos licitatórios realizados para a contratação de empresas de prestação de serviços de transportes a estudantes universitários e de alunos da zona rural para as escolas municipais.

O nome da operação teve origem no superdimensionamento das planilhas de controle dos serviços de transporte, que indicavam distâncias maiores do que as efetivamente percorridas e trajetos que não eram executados pelas empresas, de acordo com o MPMG.

‘Rota Alternativa’

Já a operação “Rota Alternativa” é uma ampliação das investigações para outras áreas do município, onde ficou comprovada a atuação da organização criminosa, com direcionamento de licitações e superfaturamento de contratos, segundo o MPMG.

O nome da operação faz referência ao trajeto do dinheiro pago em favor das empresas. Conforme a promotoria, o repasse era feito através de aditivos ilegais inseridos em contratos administrativos e o dinheiro retornava, na forma de propina, a servidores públicos envolvidos com as fraudes.

Também segundo o MPMG, as investigações serão concluídas em 10 dias.

Fonte: G1

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