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Em crise financeira, único hospital de Bambuí pode fechar as portas

O Hospital Nossa Senhora do Brasil, em Bambuí, no Centro-Oeste do estado, passar por uma grave crise financeira e, de acordo com a direção, as receitas não têm sido suficientes para cobrir todas as despesas. A dívida chega a quase R$ 1 milhão. Com 80 anos de funcionamento, a instituição que atende pacientes de várias cidades da região vive clima de apreensão.

Dos dez médicos que trabalhavam no local, seis deixaram o hospital. Segundo a diretoria, o número de funcionários foi reduzido de 95 para 83. “O hospital passa por uma crise financeira de várias questões que estão se arrastando ao longo do tempo. Os médicos estão com os pagamentos atrasados devido ao baixo faturamento. Muitos procurar trabalho em outros municípios”, contou a diretora Flávia Cristiane Paulino.

O hospital recebe cerca de 100 pacientes diariamente, além das internações. É o único da cidade, mas também atende pacientes de outros cinco municípios da região. Filantrópica, a instituição tem uma receita de R$ 180 mil mensais, referentes ao repasse do Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e atendimentos particulares. A dívida chega a R$ 900 mil, conforme explicou a gerente, Fabiana Marques Faria. “Estamos tentando pagar na medida em que entra o dinheiro no hospital. O particular é que nos salva. Mas, ainda devemos muito a fornecedores”, revelou Fabiana.

Com a situação, os funcionários estão sendo afetados. O último salário recebido por eles foi em dezembro. Só com os médicos, a dívida chega a R$ 250 mil. “Quem trabalha quer o fruto do trabalho, que é receber. Atrapalha, pois causa preocupação. Quando estamos em situação difícil, prejudica até mesmo o raciocínio”, afirmou o médico José Francisco de Paula Sobrinho.

O técnico em enfermagem, Cláudio Teodolino Alves, também demonstrou apreensão. “Todos aqui têm as contas para serem pagas. Estamos vendo que a situação está precária, pois não está recebendo ajuda de terceiros. O movimento do hospital está praticamente zero. Assim fica difícil manter o quadro de funcionários”, disse.

Já quem depende do hospital teme que ele feche as portas. “É o único hospital da região. Não podemos deixar que ele feche”, declarou o técnico agrícola, José Heleno de Carvalho.

Fonte e foto: G1

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