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Eduardo Azeredo é condenado a mais de 20 anos de prisão pelo Mensalão Tucano

Eduardo se disse surpreso ao saber da condenação pela reportagem do jornal O TEMPO

Ouvido pelo Jornal O TEMPO, o ex-governador pelo PSDB se disse surpreso “pois não há prova alguma”

O ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) foi condenado a 20 anos e dez meses de reclusão por participação no esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro – ou tucano.

A decisão foi proferida nesta quarta-feira (16) pela juíza Melissa Pinheiro Costa Lage Giovanardi da 9ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Ele foi considerado culpado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Procurado pela reportagem, Eduardo Azeredo disse que ainda não havia sido informado da condenação e que “recebe a decisão com uma surpresa enorme, pois não há prova alguma”. Ele afirma ainda que seus advogados irão recorrer da decisão.

Entenda o esquema

O esquema irregular de financiamento da campanha aconteceu em 1998, quando o então governador Eduardo Azeredo (PSDB) era candidato a reeleição. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o esquema teria utilizado recursos públicos e doações ilegais, por meio do chamado Valerioduto, operado pelo empresário Marcos Valério, preso condenado do mensalão petista.

Os recursos eram liberados pelas empresas estatais – como a Copasa e a antiga Comig, atual Codemig – para a agência de publicidade com a qual mantinha contrato, a SMP&B, de Marcos Valério, com o objeto de promover eventos esportivos.

Simultaneamente, a agência contraía empréstimos em bancos, com o Bemge, que depois eram pagos com recursos públicos obtidos pela própria instituição bancária, que transferia verbas por meio de contratos simulados de publicidade autorizados pelas empresas estatais. De acordo com a acusação, a agência de publicidade de Valério usou recursos dos empréstimos para pagar lideranças políticas e outras pessoas que organizavam e trabalhavam na campanha. Ele ainda usou os recursos dos patrocínios para quitar os empréstimos.

Ainda segundo a denúncia, Valério e seus sócios teriam realizado a saída clandestina de recursos financeiros do país, como os obtidos por caixa 2, em montante superior a US$ 628 mil, em Nova York. Foram identificadas 23 transferências em que a empresa de Valério havia sido a “beneficiária”, ordenante ou remetente das divisas.

Os recursos, cerca de R$ 3,5 milhões na época (Mais de R$ 9 milhões em valores atuais), eram utilizados para pagar despesas de campanha de Eduardo Azeredo. Entre os envolvidos no esquema estão o ex-senador Clésio Andrade, o ex-presidente do Bemge José Afonso Bicalho, ex-diretores das estatais e o ex-juiz e ex-advogado de Valério, Rogério Tolentino, que também é primo do senador Aécio Neves (PSDB).

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