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Direitos dos idosos é posto em debate em Lagoa da Prata

A 2ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Lagoa da Prata foi realizada no município com o tema “Os Desafios de Envelhecer no Século XXI e o Papel das Políticas Públicas”. O evento aconteceu no Teatro Fausto Rezende, onde cerca de 200 pessoas participaram das discussões, inclusive da votação e aprovação do Regimento Interno e novos membros do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI).

O principal objetivo do encontro foi reunir representantes do governo e da sociedade, especialmente pessoas com mais de 60 anos e seus tutores, para debaterem as prioridades das políticas públicas que refletem nas condições de vida do idoso. Além disso, avaliar o desempenho das ações voltadas a este público, com propostas de avanços e melhorias.

Participou também, como palestrante, o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, dr. Rodrigo Caetano. Ele é doutor em Demografia, mestre em Gerontologia e especialista em Gestão de Redes de Atenção à Saúde, e as suas explicações contribuíram muito para as preposições durante a conferência.

Lagoa da Prata tem mais de 4.500 idosos

De acordo com o último censo do IBGE, Lagoa da Prata possui 4.689 pessoas idosas, entre as 3,5 milhões que vivem em Minas Gerais, e 32,5 milhões do Brasil. Este é um quantitativo que, para o dr. Rodrigo, traz um grande desafio de políticas públicas, principalmente na área da Saúde e da Assistência Social: “Hoje o idoso vive mais, a média é de 76 anos, mas sempre temos que fazer a pergunta: ‘viver mais é viver melhor’?  Não, necessariamente, porque esses anos a mais de vida precisam ser acompanhados de boa saúde, boa integração social, entre outras condições de bem-estar e qualidade de vida”, disse o especialista.

Esta foi a segunda vez que o dr. Rodrigo esteve em Lagoa da Prata, e ele aproveitou para elogiar os trabalhos realizados pelo município, em especial a atuação do conselho do Idoso: “Tenho acompanhado o trabalho do Conselho e vejo que ele caminha muito bem, buscando sempre melhorias nos serviços públicos. A cidade oferece atividades importantes para os idosos, inclusive favorecendo a conscientização dos seus direitos. Prova disso é a realização desta conferência, com um número tão expressivo de participantes”, pontuou.

Márcia Cristina é a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Lagoa da Prata. Ela conta que o conselho foi reativado em 2015 e que vem recebendo apoio importante da administração municipal: “Tivemos grandes avanços e conquistas para a melhor idade, e posso dizer que hoje a população idosa de Lagoa da Prata não está descoberta de serviços públicos”, disse ela, citando como exemplo os grupos de convivência e a implementação do Fundo Municipal da Pessoa Idosa (FMPI).

Grupos de convivência

Os grupos de convivência fazem parte de trabalhos em conjunto das secretarias municipais de Assistência Social, Esportes e Saúde. São várias atividades ofertadas como ginástica, ioga, massagens terapêuticas, oficinas educativas, etc. Exemplo disso é o Movimento Saúde para a Melhor Idade, da Secretaria Municipal de Esportes, faz o maior sucesso na cidade.

O projeto atende gratuitamente cerca de 300 pessoas em onze núcleos dos bairros da cidade. Além de exercícios físicos, são realizados eventos de lazer, como bailes e viagens, para propiciar recreação e interação social. Podem participar homens e mulheres, basta se inscrever nos núcleos que estão nas casas comunitárias dos bairros, durante as atividades que acontecem durante a semana, de 7 às 8 horas da manhã.

Quanto ao FMPI, é um fundo instituído, em que contribuintes do Imposto de Renda podem deduzir uma parte na declaração para ser doada para programas e ações voltadas às pessoas com mais de 60 anos. Essas contribuições destinadas ao FMPI se transformam em recursos públicos, e sua gestão compete ao Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa.

 

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