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Desocupação da biblioteca do prédio da Câmara gera protestos e mais despesas para o contribuinte

Presidente da Câmara determinou a desocupação da biblioteca para reformar o prédio da Câmara. Gasto com reforma deve ser de aproximadamente R$ 700 mil

Alunos, professores da Escola Municipal Jacinto Campos e secretários municipais realizaram na manhã de hoje (9) uma manifestação contra a mudança da biblioteca. A presidente da Câmara, vereadora Quelli Couto, determinou que a biblioteca fosse desocupada para iniciar a reforma do prédio da Câmara, estimada em cerca de 700 mil reais.

A secretária de educação, Paulene Andrade lamentou a decisão da presidente da Câmara, pois, além de gastar dinheiro público na reforma de um imóvel (em Santo Antônio do Monte um prédio novo foi construído com 640 mil reais em 2014), a locação de um novo imóvel para abrigar os 25 mil livros vai custar mais dinheiro aos cofres públicos. “Realmente, hoje está sendo um dia lastimável e estamos muito entristecidos de ver que a educação e a cultura, que deveriam realmente ter a prioridade, não são. A gente vê isso com essa desocupação da biblioteca pública. São 25 mil livros que não têm para onde ir. Vamos ter que arcar com aluguel, quando o momento do país é tão desfavorável e passa por uma grande crise. A gente preocupa muito com a questão dos alunos serem privados dessa biblioteca, que é muito antiga e que há muitos anos serve 700 alunos da Escola Municipal Jacinto Campos. Isso é um problema para nós. Estamos tristes e preocupados!”, afirmou.

Para o secretário de cultura e turismo, Ricardo Costa, a situação é entristecedora. “Hoje é um dia triste para nós, pois a biblioteca será reformada e descaracterizada, pois no novo projeto ela irá para o subsolo.  A gente fica até sem entender, pois em um momento em que o país está se repensando politicamente e que a presidente do Brasil está respondendo por gastos indevidos, e a Câmara pega 700 mil reais, que é muito dinheiro, e gasta em uma reforma. Esse prédio não representa nenhum risco e não está comprometido. Com 700 mil reais poderíamos investir em segurança pública, comprando viaturas, investindo na Guarda Municipal e até na Polícia Militar, ou até mesmo doarmos para entidades que precisam. Estamos trabalhando muito para que a biblioteca seja relocada e nos próximos dias já teremos um  novo local. Pagando baixo e bem baixo, deveremos gastar  uns 3.500 reais”, destacou.

De acordo com a diretora da Escola Municipal Jacinto Campos, Adriana Ferreira, o momento é de muita preocupação. “A mudança irá alterar muito a rotina da escola, pois por questão de espaço e estrutura não temos uma biblioteca. Nossa escola é muito tradicional e muito procurada pela qualidade que tem, assim, o nosso medo é comprometermos as atividades dos alunos. Nossas crianças iam até a biblioteca para estudarem, fazer trabalhos, pesquisas e até apresentações. Atendemos 700 alunos e temos uma longa fila de espera, pois não temos salas ociosas. Eu temo que essa reforma faça com que os nossos alunos passem a usar mais o computador do que o próprio livro, embora a tecnologia seja muito interessante e importante. Como que fica a nossa escola que não tem uma biblioteca?”, frisou.

Para a aluna do 5º ano, Mariane Oliveira, a mudança da biblioteca pode prejudicar os alunos. “A biblioteca é muito importante para os cidadãos de Lagoa da Prata, especialmente para os estudantes. Atualmente, as pessoas estão muito ligadas à internet, mas nada substitui um bom livro”, disse.

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