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CREAS acompanha 45 casos de violência contra a mulher em Lagoa da Prata

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), em Lagoa da Prata, acompanha 110 casos de violação dos direitos, destes, 45 são de violência contra a mulher. Em sua maioria, são motivados por ciúme, para punir traições ou o fim de relacionamentos, quando companheiros mantêm uma rotina de agressões que podem terminar em morte.

Os casos de violência contra a mulher são mais complexos e vão além da agressão física, como explica Lécia Paiva, que é psicóloga e trabalha no serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi),  integrado ao Creas: “A violência que aqui tratamos não é só a física, a que envolve agressões e brigas, mas sim todas as formas, desde as visíveis até as mais sutis, como violência psicológica, verbal, financeira e patrimonial”, ressaltou.

A equipe técnica do Paefi acolhe as vítimas em atendimentos psicossociais, psicológicos e visitas domiciliares. São realizados encaminhamentos para a rede de Serviços e Sistema de Garantia de Direitos (SGD), visando a promoção e proteção das vítimas. A assistência é integral e se estende ao tempo necessário para o fortalecimento da vítima e a retomada de sua autonomia.

A Lei Maria da Penha completa 12 anos em agosto, e para lembrar esta data, passou a existir, desde o ano passado, o “Agosto Lilás”, como campanha de conscientização sobre a violência contra a mulher. Entretanto, o trabalho de conscientização é feito durante todo o ano: “Ao longo do ano realizamos campanhas preventivas e divulgações nas mídias e redes sociais. No mês de novembro ela é mais efetiva, pois o dia 25 do mês é lembrado como o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher”, salientou Lécia.

O Relógio da Violência do Instituto Maria da Penha aponta que a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil. Paiva chama atenção para as consequências na vida daquelas que padecem nas mãos de seus agressores. “É como qualquer outro tipo de violação à saúde física e psicológica. No entanto, a violência  doméstica é mais prejudicial porque afeta diretamente a autoestima da mulher, muitas vezes prejudicando profundamente sua vida afetiva, profissional e social. É preciso retirar a mulher do ciclo da violência, e ofertar a ela a oportunidade de ressignificar suas relações, fortalecer sua autoestima e garantir-lhe condições dignas de sobrevivência sem nenhuma forma de violência”, finalizou a especialista.

DENUNCIE 

As denúncias dos casos de agressão contra a mulher podem ser feitas pela vítima, por pessoas próximas ou até por desconhecidos. Para denunciar casos de violência basta procurar uma delegacia ou ligar para o número 180. As acusações também podem ser feitas nos órgãos de segurança pública, como Policias Civil, Militar e Guarda Civil Municipal.

NA DELEGACIA 

De acordo com dados repassados pelo Delegado Regional da Polícia Civil, Ivan Lopes, na região centro-oeste mineira, 33 mulheres foram mortas em 2017, e outras 11 sofreram tentativa de homicídio. Em 42% dos casos, os autores são companheiros ou ex-companheiros das vítimas. No primeiro semestre de 2018 foram registrados 11 homicídios, o que equivale a 11,88% do total de assassinatos.

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