Construção da nova ponte que ligará Lagoa da Prata a Luz é retomada
Previsão de conclusão da obra é no primeiro semestre de 2016, diz DER. A ponte solucionará transtornos dos produtores rurais
Após a ponte Olegário Maciel ser interditada e os moradores de Lagoa da Prata e Luz passarem por transtornos, as obras de conclusão da ponte de concreto, na MG-176, foram retomadas no dia 26 de janeiro. Segundo o Departamento de Estrada de Rodagem (DER), a empresa responsável pela obra estava de recesso coletivo. A previsão de término da ponte é no primeiro semestre de 2016. Em busca de uma resposta dos órgãos responsáveis, o prefeito Paulo César Teodoro esteve em Belo Horizonte para intervir junto ao Governo Estadual para que a obra fosse concluída.
De acordo com Teodoro, com a retomada da construção da ponte as dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais e moradores que necessitam fazer o trajeto será resolvida, já que por determinação do Ministério Público a ponte de ferro, Olegário Maciel, precisou ser interditada por risco de desabamento.
O DER informou que a obra de melhoramento e pavimentação do trecho, que também contempla a construção da ponte está com aproximadamente 90% dos trabalhos concluídos. Com extensão de 220 metros de comprimento, a estrutura já está concluída, restando construir os encabeçamentos de acesso, guarda-corpo e alguns acabamentos.
Ponte Olegário Maciel está interditada
A ponte Olegário Maciel foi interditada devido a sua estrutura estar completamente comprometida, podendo ceder a qualquer momento. Teodoro explicou que a medida foi de extrema importância e urgência. “Foi necessário, não é uma boa notícia. Os departamentos de engenharia da prefeitura, Usina e Embaré fizeram a análise e certificaram com laudos que a ponte antiga está caindo mesmo. Então, antes que aconteça uma tragédia, a interditamos”, afirmou.
A expectativa agora é que a conclusão da obra da ponte de concreto seja finalizada o quanto antes.
A ponte Olegário Maciel, que também é conhecida por ponte do rio São Francisco, foi construída em 1925, e segundo o Sindicato Rural de Lagoa da Prata, são mais de 400 produtores que precisam escoar a produção por meio dela. O trecho também é parte do trajeto de cinco caminhões que levam diariamente 35 mil litros de leite de uma cooperativa de 180 produtores do distrito de Esteios, pertencente a Luz, até a empresa Embaré Indústrias Alimentícias.
Para não pegar a rodovia e rodar mais de 100 quilômetros, populares estão desobedecendo a interdição e passando pela ponte. Com o intuito de impedir que tragédias maiores aconteçam.
No dia 30 de janeiro, depois de muita conversa entre as prefeituras de Lagoa da Prata, Luz e as empresas, colocou-se um trilho de trem para impedir a passagem de caminhões e limitar a passagem de veículos de pequeno porte.
Ponte de concreto será a solução
Carlos Henrique Lacerda, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lagoa da Prata, explica que cerca de 180 mil litros de leite são escoados todos os dias por meio da ponte. “Agora o pessoal tem que dar uma volta longa, pagar pedágio e ainda tem a usina açucareira, que faz o plantio da safra. Todos os dias eles levam dois ônibus cheios de gente para o serviço. Nós temos as produções de abacaxi e de melancia que vêm de Luz”, contou.