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Coletivos culturais realizam festival de música em Lagoa da Prata

Young Lights apresenta-se durante o festival

2º Lacustre Festival ocorre no sábado (4) com 10 horas de duração e levará o cancioneiro independente, contemporâneo e autoral gratuitamente

Por: Alex Bessas

A cena cultural no Centro-Oeste de Minas está em polvorosa. Não é de hoje, é verdade, que coletivos culturais se organizam de forma independente para fazer pulsar a música no interior de Minas. Agora, essas iniciativas reverberam na realização do 2º Lacustre Festival que, neste sábado (4), com 10 horas de duração, levará o cancioneiro independente, contemporâneo e autoral para grande público, em Lagoa da Prata, há 200 Km da capital mineira. Entre as 10h e às 23h, dez atrações passarão pelo evento, que é totalmente gratuito e inclui bandas da região e também de BH, além de outras atividades.

Em sua segunda edição, o “Lacustre” procura se remodelar. Da primeira vez que aconteceu, o evento tinha mais cara de um festival competitivo, quando bandas eram avaliadas por um júri técnico e premiadas. Agora, no entanto, o foco é outro. “O ‘Lacustre’ vem para afirmar essa valorização da cena autoral independente, por isso, vamos mesclar estilos diferentes, que dividirão o mesmo palco”, sinaliza o psicólogo e músico Daniel Ribeiro de Melo. Ele é um dos 14 organizadores (todos voluntários) deste encontro musical e afirma que essa mistura possibilita que “a produção destes grupos cheguem a públicos que, em geral, não conseguiam acessar”.

Diversidade

O “Lacustre”, pois, bebe da fonte de outras iniciativas do gênero. “Os modelos de festivais que nos inspiram são o ‘Transborda’, de BH, que reuniu seis bandas totalmente diferentes na edição deste ano, o ‘Bananada’, que mescla bandas independentes com aquelas mais graduadas, e também eventos regionais como o ‘Marreco’, em Patos de Minas, e o ‘Formiga Sônica’, da vizinha cidade Formiga, ambos grandes festivais que têm muita história”, reforça Melo.

No palco passarão bandas de folk, rap, música folclórica brasileira, punk metal, e sons experimentais e alternativos. Ao todo, são oito grupos da região e de BH: Young Lights, Miêta, Bicho Mecânico de Asas, Gatilho, Teto Preto, Último Copo, Pé Vermelho Rock Blues e Mad Chicken. Além disso, há um encontro de músicos lagopratenses, atração que abre o festival.

Cena local e apoio

Efervescente, o cenário artístico da cidade tem contribuído para a construção do festival, comenta o músico. “De uns anos para cá, o espaço da música ganhou mais consistência, mais adeptos, mais bandas, mais shows… Muita gente está, hoje, consumindo estes trabalhos, os bares estão se abrindo para apresentações ao vivo, com isso estão vindo saraus, o pessoal da dança, da literatura… As coisas vão se misturando e, com mais público, essa economia da cultura gira com mais facilidade”, pontua ele.

E se falando em economia, vale dizer que “a adesão do empresariado superou as expectativas”, garante o músico. Outro organizador, o jornalista e cineasta Alan Russel Gontijo, acredita que “esse pessoal que movimenta o comércio local acredita em eventos assim, são pessoas que têm consciência que nossa cidade precisa de iniciativas assim”, avalia. Melo completa que “é muito positivo relacionar essas marcas, que ajudam a cidade a ser o que ela é hoje, ao festival”.

Legado e futuro

Trabalho de muitas mãos, o “Lacustre” quer deixar seu legado. “Nos interessa que a iniciativa se expanda para mais que um festival, que outros produtos possam surgir, novas gerações possam consumir essa nova estética que vamos criando nos eventos, tanto musical, como das demais artes que aparecem por lá”, assegura Melo. Ele lembra, ainda, que além das apresentações musicais, há outras atrações, como uma exposição de carros antigos, espaço para crianças e atividades esportivas (o evento acontece em frente a uma pista de skate). “Queremos ser um espaço para todo mundo, para famílias inteiras e para o jovem que quer ir sozinho, para quem tem filhos, para quem tem netos e para quem tem um pet”, brinca ele.

Ainda na expectativa pela segunda edição do “Lacustre”, Melo garante que os organizadores tem pique para muito mais. Prova que o fôlego não acaba? “Já estamos planejando o futuro, para ser ainda melhor, linkando os artistas de alguma forma, para que um abra espaço para o outro… Mesmo independentes, já estamos nos mexendo para que no ano que vem, tenha mais um ‘Lacustre’!”, finaliza.

2° Lacustre Festival

O que: Festival de música autoral
Onde: Rua Dr. Rômulo Amorim, em frente à Praça Capitão José Bahia e à pista Skate Parque: em Lagoa da Prata
Quando: Sábado (4), às 10h
Quanto: Entrada gratuita

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