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Classe do setor pirotécnico do Centro Oeste terá reajuste salarial

Foto: Ana Lúcia Silva
Negociação entre sindicatos de Santo Antônio do Monte durou três meses. Mais de 2 mil trabalhadores terão vencimentos reajustados em setembro

Cerca de 2.500 trabalhadores do setor pirotécnico de Santo Antônio do Monte e região terão os salários reajustados em 11,8% a partir do mês de setembro. A decisão ocorreu após uma assembleia realizada na sede do sindicato dos Trabalhadores das Fábricas de Fogos de Artifício (Sindfogos), na noite desta quinta-feira (14). Segundo o presidente, Antônio Camargos, a proposta era de 11,31%.

Entretanto, a contraproposta do Sindicato das Indústrias de Explosivos no Estado de Minas Gerais (Sindiemg) foi aceita e os trabalhadores devem receber, inclusive, a diferença referente ao mês de março que deve começar ser quitada no fim do mês de abril. “Ficamos satisfeitos com a contraproposta, tanto que aprovamos. Não foi o valor pedido, mas ainda assim é um reajuste que possibilita mais dignidade e força de vontade para o trabalhador continuar no setor“, disse o presidente.

Com o reajuste o piso salarial da classe passa de R$ 900 para R$ 1 mil. “Nenhum trabalhador pode aceitar salários menores que o piso em nenhuma fábrica de Santo Antônio do Monte, Lagoa da Prata e Itapecerica que são as cidades base do setor“, finalizou.

Polo Pirotécnico
Santo Antônio do Monte tem uma população estimada, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 27.352 habitantes. A principal fonte de renda do município sai do setor de pirotecnia. A cidade também conta com um local próprio para a verificação da qualidade e a segurança dos fogos.

Conforme informações do gerente do Sindiemg, a região Centro-Oeste mineira abriga 79 empresas nas cidades de Luz, Lagoa da Prata, Pedra do Indaiá, Japaraíba, Moema, Arcos e Santo Antônio do Monte. E apenas em Santo Antônio do Monte são 47 empresas que empregam mais de três mil funcionários diretamente e outros 12 mil indiretamente. “É uma atividade centenária na cidade que emprega pessoas de várias partes do país. Galpões tomam conta de boa parte do município e eles também estão na zona rural“, comentou Américo.

Líder na América Latina
Mesmo em crise, o município ainda lidera a economia na produção pirotécnica na América Latina e é responsável por cerca de 90% da produção dos fogos de artifício do Brasil. Além de abrigar o único centro tecnológico em pirotecnia da América Latina, a cidade realiza a verificação da qualidade e a segurança dos fogos.

Galpões tomam conta de boa parte da cidade e eles também estão na zona rural. “É uma atividade antiga na cidade e que exige muitos cuidados, inclusive durante a fabricação. Para evitar o risco de curto-circuito, os funcionários contam apenas com a luz natural. Em alguns setores, o chão é coberto de água para não haver o atrito da pólvora com o piso ou com calçados. Tudo muito artesanal”, finalizou Libério.

Por: G1

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