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Campanha “Lagoa Pede Socorro” coleta 13 mil assinaturas

Fotos: Lindomar Fotógrafo e Juliano Rossi

A solenidade de entrega aconteceu na Câmara Municipal de Lagoa da Prata. A campanha é uma iniciativa de empresários e da Ace/Cdl

Empresários e diretores da Ace/Cdl realizaram na noite de ontem (29) a entrega do abaixo-assinado para o presidente da Câmara de Lagoa da Prata, Edmar Nunes. A solenidade aconteceu na sede câmara e contou com a presença dos diretores e colaboradores da ACE/CDL, empresários, dos vereadores Edmar Nunes, Quelli Couto, Olair Castro (Preto), Adriano Moreira e Josiane Almeida e do Sargento Luciano. O Poder Executivo, a Guarda Civil, a Polícia Civil, o Poder Judiciário e o Ministério Público não enviaram representantes para a entrega.

Segundo Paulo Roberto Pereira, presidente da Ace/Cdl, o movimento “Lagoa Pede Socorro” nasceu da preocupação da classe empresarial com a insegurança vivida no município. “Diante disso, convidamos muitas entidades como a OAB, o Consep, lideranças comunitárias, instituições financeiras, imprensa, as forças de segurança, os poderes Executivo e Legislativo. Assim, criamos um comitê”, disse.

Após apresentarem a ideia aos Poderes Executivo e Legislativo municipal, a campanha teve início nas ruas. “As pessoas queriam assinar, queriam dar depoimentos, queriam desabafar. Elas não assinavam por assinar, faziam questão de demonstrar o apoio à causa. Pedimos socorro, sim!”, afirmou.

Pereira destacou que mesmo que a segurança seja obrigação do Estado, quando este não atende deve-se buscar alternativas. “Recebemos 14 policiais militares e algumas viaturas para reforçar a segurança. Além de terem sido realizadas diversas ações que fez com que a situação acalmasse. Parabenizamos a todos os envolvidos, principalmente à Polícia Militar que melhor que ninguém sabe distribuir sua tropa às cidades proporcionalmente aos problemas que cada uma enfrenta. Mas não podemos esperar que o presidente ou o governador resolvam o nosso problema. As cidades precisam de uma nova mentalidade para gerir a coisa pública e os problemas da comunidade. A segurança precisa da mesma atenção, não do mesmo investimento, que recebem a saúde e a educação”.

O Tenente Luciano, que esteve presente representando o comandante da Polícia Militar de Lagoa da Prata, o Tenente Batista, e o comando do Batalhão, se prontificou a colaborar no que for preciso. “Faremos de tudo para combater essa criminalidade que tanto nos assola. Tivemos o implemento de efetivo e várias ações foram tomadas. Com esse aporte conseguimos reduzir a criminalidade em Lagoa da Prata e faremos de tudo para manter esses índices mais baixos. Toda ajuda é bem vinda. A criação da secretaria de segurança é uma ajuda muito interessante. A Polícia Militar quer trabalhar em conjunto com o Executivo, o Legislativo, Guarda Civil, Polícia Civil, Judiciário e o empresariado. Queremos trabalhar em conjunto”.

Sargento Luciano

O morador de Lagoa da Prata, Edson Silva, falou sobre a campanha e ainda destacou uma situação de violência vivida por ele. “Estamos falando pra quem já conhece o problema. Hoje é um dia importante e não temos um representante do Executivo Municipal aqui. E o que a gente ouve lá fora é que estamos fazendo graça. Eu falo aqui de uma realidade que vivi. Lá no Sol Nascente teve um tiroteio aí gritei para minha esposa deitar no chão, eu já caí desmaiando de medo, achando que estava baleado. Nós estamos sofrendo, gente. Eu acho que chega! 13 mil assinaturas! Aonde vamos parar se continuar assim? Os bandidos estão tomando conta. Queremos segurança para Lagoa da Prata! Quero parabenizar a todos que tomaram essa iniciativa”.

Edson Silva, morador de Lagoa da Prata

Edmar Nunes, presidente da Câmara Municipal de Lagoa da Prata, frisou a importância da campanha “Lagoa Pede Socorro” e ainda lançou a campanha “Fica Batalhão”. “A segurança não é para policial, prefeito ou vereador, a segurança é para todos. 13 mil assinaturas em tão pouco tempo. O Estado quer extinguir o Batalhão de Bom Despacho, isso acontecendo, Lagoa da Prata deixa de ser companhia e passa a ser pelotão. Aí Lagoa da Prata vai pedir socorro de verdade, pois, se precisarmos de reforço, só em Divinópolis. Por isso, também estamos fazendo um abaixo-assinado para que isso não aconteça. Todos nós clamamos por segurança”.

Edmar Nunes, presidente da Câmara de Lagoa da Prata

O vereador Olair Castro (Preto) disse que o resultado do abaixo-assinado fala por si só. “Essa é a vontade do povo. São 13 mil assinaturas. Que o Poder Executivo olhe com carinho para trabalharmos nessa questão da segurança pública”.

Vereador Olair Castro (Preto)

O professor e ex-vereador Di-Gianne Nunes também fez uso da palavra e enfatizou que a voz dessas 13 mil pessoas devem ser ouvidas pela administração municipal. “Se aqui tivesse uma secretaria de segurança saberíamos aonde buscar um refúgio e tentaríamos exigir verbas. Temos o aumento do efetivo da Guarda Civil Municipal que é uma promessa desde 2012 e até agora nada. A guarda estava apoiando a campanha e agora sumiram. Parabenizo a todos os envolvidos porque Lagoa pede socorro mesmo. A situação é séria.”

Professor e ex-vereador Di-Gianne Nunes

Criação da Secretaria de Segurança Pública

Paulo Roberto também frisou que é inadmissível que as cidades não tenham uma secretaria de segurança pública com recursos financeiros e humanos para planejar, integrar e subsidiar as ações das forças policiais. “É muito importante que as cidades tenham uma secretaria que atue na prevenção, que coíba os pequenos delitos e a formação de delinquentes precoces; que elabore projetos e busque recursos de esferas federal e estadual; que planeje a segurança pública a longo prazo e que reforce exponencialmente a Guarda Civil Municipal”, explicou.

Além disso, Pereira falou sobre a importância da Guarda Civil Municipal para o município. “São doze homens, diga-se de passagem, valentes guardas, que se dedicam não só à preservação do patrimônio público, como também a dar suporte às ações das demais forças de segurança e a monitorar o olho vivo. Nossa guarda pode cuidar do trânsito e liberar a PM para o enfrentamento, mas com um maior efetivo e armamento também poderá reforçar suas ações de combate ao crime, fiscalizar o código de postura e moralizar a conduta do cidadão aos pequenos crimes. Mas quando se fala em ampliar o efetivo da guarda, do ponto de vista político, a situação nos indicou a necessidade de a Câmara aprovar a mudança do regime celetista para o estatutário, pois assim poderiam reduzir os gastos com a folha de pagamento demitindo servidores já aposentados e então reforçar a guarda. Por outro lado, a oposição nos diz que o Executivo tem mais de 100 cargos comissionados e que a extinção de alguns daria condições para a contratação de mais efetivo. A nós não cabe apoiar uma ou outra linha de pensamento. O que nos cabe é reivindicar providências imediatas”, finalizou o presidente.

 

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