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Câmara de Pedra do Indaiá ainda não nomeou suplente de vereador preso

A Câmara Municipal de Pedra do Indaiá ainda não nomeou o suplente do vereador Antônio Marcos da Silva, que foi preso após matar o sobrinho na propriedade rural da família, em Pedra do Indaiá. O crime aconteceu no dia 29 de junho.

De acordo com o jurídico da Câmara, o regimento interno da Casa determina que a nomeação de um suplente só pode ocorrer após 60 dias de afastamento do titular do cargo. Este prazo ainda não foi completado tendo em vista que Antônio foi afastado oficialmente da Câmara no dia 5 de julho, por meio de uma portaria publicada pelo Legislativo.

Preso desde o dia 6 de julho, Tonho Marco, como é conhecido, está no presídio Floramar em Divinópolis cumprindo prisão preventiva.

Entenda o caso

De acordo com relatos de testemunhas à Polícia Militar (PM), a família estava em uma fazenda e após uma discussão, o vereador deixou a propriedade muito alterado. Horas depois ele voltou ao local, armado, e atirou em direção ao sobrinho.

O pai do vereador tentou impedir a situação. Mas, ao segurar o filho, a arma disparou atingindo o braço dele de raspão. Em seguida, o vereador fugiu do local.

As vítimas receberam socorro ainda na fazenda, mas o jovem não resistiu aos ferimentos. A perícia da Polícia Civil esteve na propriedade rural e, após os trabalhos de rotina, liberou o corpo para a família. O sepultamento do jovem ocorreu na tarde do último domingo (30) no cemitério municipal de Pedra do Indaiá.

O vereador Antônio Marcos Silva se apresentou à polícia na noite da última segunda-feira (1º).

Em entrevista ao G1 nesta terça-feira (2), o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, Lucélio Silva, disse que ao se apresentar o vereador foi ouvido e alegou que a intenção não era matar o sobrinho, de 21 anos.

“Segundo ele [vereador] os disparos foram acidentais. Disse que eles tiveram uma discussão e queria intimidar o sobrinho e o pai da vítima que também estava no local. Essa foi a versão que ele contou. Porém, o pai da vítima disse que os tiros foram intencionais, que ele saiu do local e voltou armado”, explicou o delegado.

Ainda conforme Lucélio, o vereador foi ouvido e liberado, pois passou o período do flagrante e porque não havia mandado de prisão contra ele. Contudo, foi encaminhado à Justiça nesta terça-feira (2) o pedido de prisão preventiva.

“Iniciamos as oitivas nesta segunda. Seria uma discussão em relação a uma manada de porcos que havia invadido a propriedade do vereador. Ele discutiu com a vítima, voltou ao local armado e ocorreu ao disparo”, informou o delegado.

A reportagem entrou em contato com a Câmara Municipal na terça, para saber como fica a situação do vereador, que atualmente é vice-presidente da Casa. O setor jurídico do Legislativo informou que o regimento interno da Casa está sendo analisado para saber quais as medidas cabíveis.

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