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Bioquímica de Samonte ajuda a criar a 1ª vacina contra esquistossomose

Fonte: Revista Ágora

É brasileira a vacina que pode erradicar a famosa “barriga d’água, doença que atinge 200 milhões de pessoas em todo o mundo. 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou na última terça-feira, 12 de junho, que depois de anos de pesquisa, mais de 20 finalmente a vacina contra a esquistossomose foi liberada para os primeiros testes em humanos e que a mesma garante a segurança do medicamento.   Esta é a primeira vacina contra parasitas, provocada por vermes e se tudo correr como o esperado pode estar disponível no mercado em até quatro anos.

Tatiane dos Santos, natural de Santo antônio do Monte, é membro da equipe da Dra. Miriam Tendlerresponsável pelo desenvolvimento da vacina. A própria Dra. Mirian foi sua orientadora na tese de Mestrado sobre o tema –  ”Teste toxicológico Pré-Clínico para Desenvolvimento da Vacina Anti-Helmítica baseada no Antígeno R-SM14 de Shistosona mansoni”. Tatiane disse que está muito feliz com a descoberta da vacina, pois nossa região, principalmente Arcos e Iguatama, municípios próximos a Santo Antônio do Monte são área endêmicas.

Esse novo medicamento é uma conquista para o país em vários setores. Como a primeira  droga com selo totalmente nacional a inovação leva o país a um patamar acima, atingindo uma área do conhecimento de alta complexidade e tecnologia. A coordenadora do projeto de pesquisa, Miriam Tendler, calcula que, no prazo máximo de cinco anos, seja possível imunizar a população dos locais onde ocorre a endemia.

A vacina é baseada no antígeno Sm14, uma proteína que transporta os lipídeos do organismo do hospedeiro para o verme. Ao ter contato com a substância, o corpo humano produz anticorpos que atuam sobre esta proteína no parasita e impedem seu ganho de energia,causando sua morte. Essa ação também impede que novos ovos retornem ao meio ambiente pelas fezes humanas e infectem mais pessoas, ou volte a infectar o antigo hospedeiro que já tenha sido tratado, mas continua em áreas de risco. A ideia é vacinar crianças e preparar o organismo para combater a doença ainda na sua fase inicial, sem que o hospedeiro chegue a sofrer com os sintomas.

Minas Gerais é, juntamente com os estados do nordeste, um dos principais estados brasileiros que mais sofre com a doença. Ao todo são 18 estados afetados e a previsão é que 2,5 milhões de pessoas no país estejam doentes.

Atrás apenas da Malária, a  esquistossomose é considerada pela Organização Mundial da Saúde a segunda doença parasitária mais devastadora socioeconomicamente. Ela atinge principalmente as áreas de concentração de pessoas com baixo índice escolar e renda, que consequentemente possuem baixa infraestrutura sanitária.  Por ser uma doença relacionada às condições de higiene e à ” pobreza” material e intelectual ela acaba se tornando uma das doença negligenciadas.

Quais os sintomas?

A esquistossomose pode se manifestar em duas fases, aguda e crônica. A mais comum, a “aguda” o doente poder coceiras, dermatites (infecções na pele) fraqueza, dor de cabeça, febre, diarreia, enjoos e vômitos.   Na crônica, como pose-se deduzir o quadro evolui para sintomas mais graves como o aumento da fibrose do fígado, aumento do baço. As hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago e a dilatação do abdômen, são o que causam o aspecto físico da enfermidade, levando ao que denominam a barriga d’água. Infelizmente se não tartada a esquistossomose pode levar a morte.

Fonte: http://www.revistaagora.tv/2012/06/16/bioquimica-de-samonte-ajuda-a-criar-a-1a-vacina-contra-esquistossomose-do-mundo/

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