fbpx
jc1140x200

Artigo: Kristin e Sassá Pezão

Cada dia que passa entendo menos da vida e acho ainda mais importantes todos os seus mistérios. Parei de tentar compreender o porquê das coisas, dos acontecimentos. Desisti de encontrar solução para os vários mistérios que existem.

Recentemente recebi em minha casa o meu amigo Kristin. Na época dos showmícios e forrós escolares há alguns anos atrás, Kristin era um amigo inseparável.

Quando entrei na Banda RZ – Rick e Zezé, ele foi comigo a alguns shows. Mudei-me de Lagoa e a nossas vidas seguiram caminhos diferentes.

Kristin sempre foi adepto da vida natural: não comia nada gorduroso, não bebia (álcool), não fumava, dormia cedo, nunca foi muito adepto de baladas. Caminha frequentemente, andava de bicicleta e tornou-se sócio em uma academia numa cidade do Triângulo Mineiro. Sua mãe após o divórcio dela veio morar aqui em Lagoa da Prata. Kristin ficou morando com o pai, visto o advento da faculdade na qual ele então se ingressara.

Quando o vi quase não o reconheci. Estava muito magro e pálido, recuperando-se de uma pancreatite (doença geralmente associada a bebida, a cirrose, ao abuso do álcool). Vai entender. Levei-o até Divinópolis para que consultasse com o médico que o operara meses antes do nosso encontro. Apesar de todos os cuidados com a saúde, com o corpo, nem assim conseguiu livrar-se do infortúnio de uma doença.

Comentava com ele acerca de outro amigo nosso, César, vulgo Sassá, que por causa do pé inchado devido o excesso de bebida, ganhou o apelido de “pezão”: comida gordurosa, torresmo, pinga velha, pinga aberta, pinga cuja garrafa estava com a rolha furada… Dizem que bebida pinga até mesmo com perna de barata no fundo.

Esses dias o Sassá estava contrariado, pois um médico havia receitado a ele um comprimido diário a fim de controlar a pressão arterial que ora se encontrava em descontrole. Disse que a tristeza não era a doença mas na verdade, a proibição de beber a cachacinha sagrada no fim do dia. Disse ele: “Vê se pode: cortaram a bebida. E agora Zazáh, como vai ser a minha vida?” Não consegui responder a ele…

Kristin ficou ainda internado no hospital São João de Deus em Divinópolis mais dois ou três dias, tomando vitaminas e complementos minerais a fim de recuperar-se.

O Sassá pediu-me três reais pra comprar um “carotinho” porque estava mais suportando a falta da “água que passarinho não bebe”.

E segue mais um mistério que a vida nos presenteia e seus muitos caminhos, inteligíveis para a maioria das pessoas. Vai entender a vida…

Histórias que o povo conta…

jc1140x200
Abrir o WhatsApp
Como podemos ajudar?
Olá, como podemos ajudar?