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Jovem goleiro de Samonte é contratado para categoria de base do Vila Nova Futebol Clube

Nycolas e família se mudaram de Minas Gerais, e atualmente, driblam as dificuldades para que ele se torne um atleta consagrado no futebol.

Karine Pires

 

O goleiro Nycolas Crystiann Almeida de Assis foi contratado pelo clube Vila Nova Futebol Clube de Goiânia, em Goiás. O atleta foi revelado pela Escola de Futebol Lanus de Lagoa da Prata e passou por muitas dificuldades até conseguir a contratação. Nossa redação conversou com Nycolas e seus pais, que até mudaram para Curitiba, capital do Paraná para apoiar seu sonho no futebol. Nycolas tem apenas 15 anos de idade, mas já possui experiência no universo do esporte. 

Trajetória

O atleta começou com 7 anos de idade na escolinha do Flamengo de Santo Antônio do Monte. Em seguida ficou 8 meses no laboratório do Atético Paranaense e não foi aprovado, mas logo após, foi para o Clube Desportivo Paranaense — time que  nutre profunda gratidão, assim como a escola lagopratense Lânus. Ele ainda fez uma avaliação para o clube Ferroviária de Araraquara, mas como não tinha alojamento, teve que retornar à Curitiba. Após as experiências, Nycolas foi contratado pelo Vila Nova Futebol Clube para atuar nas categorias de base do sub-17. O contrato é vinculado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pois o atleta ainda é menor de idade.

Nycolas no estádio do Vila Nova Futebol Clube. Foto: Arquivo Pessoal/ Alessiano Assis
Apoio dos pais 

Os pais conseguiram apoio de conhecidos em Curitiba e decidiram largar tudo em Minas Gerais em busca de oportunidades para Nycolas. Alessiano Assis, pai de Nycolas, ficou quatro meses desempregado, Juliana Assis conseguiu emprego morando há apenas um mês na cidade. As dificuldades começaram a aparecer, pois o custo de vida em Curitiba é alto e a família quase desistiu por isso.

Após fazer amizades, Alessiano conseguiu emprego como garçom em uma quadra de futebol e, por coincidência, conheceu o técnico Levir Culpi e o auxiliar técnico do técnico Abel Braga, além de outras pessoas envolvidas no futebol. Por meio de contatos, ganhou estímulo para apoiar o filho. Nycolas não conseguiu ser aprovado no Atlético Paranaense, mesmo ficando oito meses no clube. “Eu olhava pra ele, via o sonho dele e isso me dava força, então comecei a trabalhar em dois empregos, dormia três horas por dia. Minha esposa “correndo” (trabalhando) de um lado e eu do outro.”

 

Nycolas e os pais. Foto: Arquivo Pessoal/ Alessiano

Nycolas reconhece e define o apoio dos pais como algo inexplicável. Para os pais, “o sonho dele é o nosso sonho”, afirmam.

Os meus pais mudaram de cidade porque ali eles perceberam que teríamos mais visibilidade, e foi o que aconteceu, o apoio dos meus país é inexplicável. Eles perguntam todos os dias como foi o treino, se eu falar que não treinei bem eles me cobram sempre o melhor e a mesma coisa, se eu falar que treinei bem, eles vão me parabenizar mas vão falar que no outro dia tem que ser melhor. Eu já vi meus pais trabalhando dia e noite, de domingo a domingo para conseguir dinheiro para eu viajar, para pagar jogos e pagar mensalidades e eles conseguiam, graças ao suor deles.

Apesar da contratação, Nycolas conta com apoio dos pais para se manter em Goiás e também para ter materiais esportivos. Atualmente, ele possui um empresário que ajuda com alguns custos. Enquanto isso, Nycolas segue trabalhando no Vila Nova Futebol Clube e,  com a ajuda dos pais e de parceiros de cidades como Curitiba, Pará de Minas e Lagoa da Prata, que apoiam seu trabalho. Segundo o pai, o Vila Nova vai custear um tratamento para Nycolas, necessário para potencializar seu crescimento.

Clube

Nycolas já somou várias conquistas em competições que participou. Em breve, o time vai disputar a Copa do Brasil Sub-17 e se seu desempenho na competição for bom, ele pode ser contratado profissionalmente pelo clube em outubro e a partir daí, receberá um salário como atleta. 

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