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 AMM diz que governo mineiro está usando tática para “enganar os prefeitos”

Julvan Lacerda: “É uma covardia o que o Estado está fazendo com os municípios.”

O presidente da AMM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda, ainda declarou que o discurso com os gestores é calunioso

Por: O Tempo

A pré-campanha do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), à reeleição já está a todo vapor. Segundo interlocutores ligados ao chefe do Executivo, nos últimos 20 dias, aproximadamente 200 prefeitos foram recebidos no Palácio da Liberdade por uma equipe montada para ajudar a solucionar os problemas dos municípios. O grupo é formado por cinco integrantes do Estado: o secretário de Governo, Odair Cunha, o secretário de Cidades e de Integração Regional, Carlos Murta, o presidente da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais, Alessandro Marques, o subsecretário de Assuntos Municipais, Marco Antônio Leite, e o secretário Adjunto de Governo, Francisco Eduardo Moreira.

Segundo a fonte, a ideia é resgatar o maior partido de Minas, conhecido no meio político como “PL”, uma referência ao Palácio da Liberdade. “O governo é o partido mais forte. O Estado é quem tem condições de resolver os problemas dos municípios. Em uma eleição, sempre quem tem a máquina na mão sai na frente”, contou uma fonte. Ainda de acordo com o interlocutor, após desativar o Palácio Tiradentes, a ideia é resgatar a função do Palácio da Liberdade de ponto de encontro dos prefeitos com o Executivo.

Segundo aliados do governo ouvidos pelo Aparte, os encontros têm o objetivo de fazer política. Além de escutar as demandas das cidades do interior, a intenção do governo é ajudar na solução de medidas administrativas. “A ideia não é solucionar problemas financeiros. É acima de tudo um trabalho político, receber os prefeitos, conversar, escutar as demandas e ajudar onde é possível”, afirmou.

O interlocutor ainda explicou que depois das eleições de 2016, houve uma renovação enorme nas prefeituras do interior, o que reforça ainda mais a necessidade desses encontros. “Muitos dos prefeitos são novos. É preciso criar esse relacionamento”, contou.

Entre os prefeitos que foram aos encontros está o do município de São Roque de Minas, na região Centro-Oeste do Estado, Roldão Machado (DEM). Ele contou que foi procurado pelo governo e convidado para uma reunião. “Conversei com o Marco Antônio Leite. Não falamos de campanha, apenas debatemos as demandas da minha cidade, que são muitas”, afirmou.

Segundo o presidente da Associação Mineira de Municípios e prefeito de Moema, na região Central de Minas, Julvan Lacerda (MDB), essa é uma tática do governo para “enganar os prefeitos”. “O que eles estão fazendo é uma forma de mentir individualmente para os prefeitos. Se o caso não fosse esse, o governador Pimentel teria participado do nosso encontro de prefeitos”, disparou.

Lacerda declarou que o discurso com os gestores é calunioso. “Falam que o governo tem dinheiro em caixa para atender 300 cidades, que serão escolhidas por eles”, disse. Ainda de acordo com o presidente da AMM, em meio a essas conversas, o governo afirma que tem R$ 600 milhões para serem investidos em asfalto. “Isso é uma promessa antiga que nunca foi cumprida. O que o governador tem que fazer é repassar os R$ 700 milhões que nos deve de repasses do IPVA”, reclamou. (Ana Luiza Faria).

R$ 2,4 bi

É quanto o Executivo, Legislativo e Judiciário federal gastaram com energia elétrica no ano passado. Segundo levantamento do site Contas Abertas, o montante é 7% menor do que o gasto em 2016. O Ministério da Educação é o recordista, com despesas de R$ 702,5 milhões – vale lembrar que a pasta é responsável pelas contas das 65 universidades federais.

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