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Entrevista: Vereador Di-Gianne Nunes

Veja o vídeo da entrevista:

Como você avalia os seus três primeiros anos de legislatura? O que você teve de decepção?

Quando eu me candidatei a vereador, queria repetir tudo que eu tinha feito pela educação da cidade. Tanto é que eu só prometi uma coisa na minha campanha política, que foi justamente entrar com o projeto da Câmara Itinerante. Eu queria ser um vereador atuante, inclusive meu slogan era “Um professor atuante para fazer uma Câmara Municipal diferente”. A gente aprende a cada dia, foi muita batalha, teve muita conquista, muita coisa boa, decepções a gente tem a todo o momento na vida política. Eu considero que no final das contas, encerrando o terceiro ano do mandato, o saldo é mais positivo do que negativo.

O que você pode mostrar para o eleitor que foi fruto direto do seu trabalho como vereador nesses três primeiros anos?

Nesse momento em que estamos tendo esta entrevista, têm atletas de Lagoa da Prata que estão sendo apoiados por um projeto que eu idealizei, eu batalhei muito para que desse certo.

Nesse momento também tem crianças e adolescentes na pista de skate, que também foi uma batalha, além do recurso eu lutei muito para que ela fosse implantada. Nesse momento tem senhoras da melhor idade que estão praticando hidroginástica na Praça de Esportes. Esse também é um projeto meu que foi aprovado pelo prefeito. E academias ao ar livre.

Essas iniciativas se tornaram concretas por causa de apoio da administração municipal e pelo seu relacionamento com o governo?

Sem sombra de dúvida. Eu e o Prefeito já tivemos problema, mas eu vou até o gabinete, converso e mostro porque é interessante apoiar tal projeto. Já tive que utilizar de outros métodos, como por exemplo, quando eu vi que o apoio ao aluno do transporte universitário não estava saindo, fui à rodovia gravar um vídeo para mostrar a importância daquilo ali e movimentar o pessoal. A partir disso, melhorou muito, nunca teve um aumento tão significativo. São meios de tentar movimentar a política e fazer a coisa acontecer.

Você lançou recentemente um informativo parlamentar com as suas ações. Muitas pessoas o criticaram falando que era propaganda política, que você é um pré-candidato a prefeito para as eleições de 2016. Você, de fato, vai ser candidato a prefeito ou vereador?

Eu fui eleito com uma votação muito expressiva, e o que me faz ficar muito agradecido é que dois anos e meio após a posse já cogitavam a possibilidade de que eu me candidate a prefeito. Mas falta um ano ainda, a gente tem que pensar é na população e em terminar bem esse mandato. Não fujo dessa história, mas o que eu quero mesmo é terminar bem o mandato.

Quem são as pessoas que formam o seu grupo político atualmente? Hoje você é o presidente do PPS, que é o partido do ex-prefeito Divininho, que está agora no PV (do deputado Tiago Ulisses). Se a eleição fosse hoje, a tendência é que seu grupo seria formado por quais partidos?

Essa é uma pergunta que ainda não tem a possibilidade da gente conversar ou afirmar, uma vez que a gente tem sempre conversado com presidentes de outros partidos, mas o que eu posso te dizer é o que o PPS teve uma boa renovação, ainda continua com pessoas boas. O partido está preparado para sair na próxima eleição com uma candidatura majoritária (para prefeito) e com um número bom de vereadores também.

Como você avalia a Administração Municipal?

O prefeito está trabalhando como eu estou trabalhando, como você está trabalhando. Pavimentação é obrigação. Pagar o 13º salário do funcionalismo público também. Se a gente for olhar, até esse momento não foi feito nada de extraordinário nesta gestão. É um mandato normal.

Uma pauta importante que foi discutida em 2015 na Câmara foi a aprovação de um requerimento que pedia à Mesa Diretora a redução do salário dos vereadores a partir de 2017. Você concorda em reajustar para baixo o salário dos vereadores?

Eu honro cada centavo que recebo da minha função de vereador, inclusive, a controladoria da Câmara é testemunha que já tirei até dinheiro meu para acelerar projetos da Casa. Mas eu votei a favor desse requerimento e espero por ele. Como disse na ocasião da votação desse requerimento, existe muita máscara aqui nesta Câmara, muita politicagem e teatrinho. Eu acho que se esse salário diminuir vai ter mais vereadores com melhores intenções. Só o tempo dirá se isso acontecer, mas acho que a politicagem diminuiria muito.

Você falou na última resposta sobre o teatro que, às vezes, é simulado por alguns vereadores durante as reuniões. Estamos gravando essa entrevista em uma sexta-feira (18/12), e a reunião da Câmara desta semana foi um pouco confusa. Na sua avaliação, a transmissão das reuniões pela rádio contribui mais para a informação do cidadão ou mais para o vereador fazer palanque político em causa própria?

Quando eu entrei na Câmara ficamos dois meses sem transmissão. O primeiro mês, pelo fato de ser janeiro, não tem reunião ordinária. Nas ruas eu encontrava muitas pessoas falando que tinha que transmitir. Acho que a população prefere as transmissões. Fato é que nas ruas o pessoal comenta até as vírgulas que a gente fala aqui. Mas que a transmissão em certos momentos virou uma bobagem, isso, qualquer um sabe e nota. Tem vereador que fala muito bem e começa com o falatório. Por isso, muitas vezes eu prefiro ficar calado. Aproveitar da reunião para fazer campanha é o grande problema. Ainda acho que tem mais pontos positivos que negativos. O eleitor sabe filtrar o que é um trabalho sério e o que é politicagem.

Obrigado pela entrevista. O espaço está aberto para as suas considerações finais.

Três anos, eu gostei muito. Diversas coisas aconteceram. Para acontecerem foi com muita luta. Eu penso que ainda falta um ano, vamos tentar continuar da mesma forma que a gente iniciou.

Eu tenho três projetos que estão sob a análise da Prefeitura Municipal e até agora não obtive resposta. O passe livre no transporte local para pessoa com deficiência, o projeto para a criação de 10 cargos na Secretaria de Educação para agente de apoio à pessoa com espectro do autismo e tem também o projeto da Guarda Escolar. Esse foi meu grande sonho e também minha maior decepção. Porque nem para discutir o assunto eu fui atendido. Quem está no ambiente escolar sabe da importância desse projeto. Um local onde a gente quer que o pedagógico aconteça da melhor maneira possível, tem que ser um lugar seguro. É o meu sonho para o ano que vem e eu vou cobrar da Prefeitura Municipal e irei fazer todos os movimentos que fiz anteriormente. Isso é que pretendo o ano que vem. Encerrar bem esse mandato.

 

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