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100 ANOS • Secretaria de Cultura planeja as comemorações do centenário da estação ferroviária

Clube do Centenário foi criado para promover as atividades dos 100 anos da estação.
Patrimônio histórico completará 100 anos em 29 de fevereiro. Para celebrar a data, foi criado o Clube do Centenário.

A Estação Ferroviária de Lagoa da Prata irá comemorar 100 anos de existência. No dia 29 de fevereiro serão lançadas ações de conscientização do patrimônio histórico e público. Também será lançado um selo dos Correios com a imagem da estação. O secretário municipal de Cultura, Ricardo Costa, fala sobre as ações que serão realizadas. “A programação para comemorar a data começará na parte da manhã, onde alunos das escolas de toda a cidade irão dar um abraço simbólico. Em seguida teremos uma palestra sobre o patrimônio histórico e a importância da preservação. A noite será de gala, onde faremos o lançamento do selo com a foto da estação. Vamos também premiar e reconhecer quem lutou para que ela chegasse até esses 100 anos. A partir daí, a gente dará início ao ano do centenário, ano em que iremos trabalhar com palestras nas escolas, cartilhas, camisetas, temos o projeto de um livro e de um documentário para que fique registrado todo esse movimento”, afirmou.

Para a concretização do evento o secretário se reuniu no dia 8 de dezembro com cerca de 30 pessoas para criar o Clube do Centenário. “Aconteceu o pontapé inicial, convidamos várias entidades e montamos o clube, que irá debater continuamente as ações sobre a estação. Foi uma conferência que apontou alguns nortes e o que precisa ser melhorado. E em seguida, há um projeto da Secretaria de Cultura, Fundação Futura e dos munícipes para a gente conseguir fazer a casa do fundador. Deixamos o convite para todos aqueles que não puderam comparecer, e aqueles que gostam de história e preservação e queiram fazer parte. Uma das coisas que eu aprendi é que a gente só conscientiza se a gente sensibilizar”, disse o secretário.

Ricardo destaca que uma das suas maiores preocupações é a preservação do patrimônio histórico. “A geração que nasceu na década de 1980 em Lagoa da Prata ainda tem uma lembrança dos casarões, mas as gerações que vieram após o 2000 já vão ter dificuldade de se lembrar de algum casarão. Os meninos mais novos só conheceram a estação. Não existe história sem memória, essa é a primeira preocupação. Em Lagoa da Prata, diferentemente de outras cidades, não preservamos essa memória. Estamos perto do aniversário de 77 anos da cidade com um único bem, a estação, que é anterior ao município. A intenção é relembrar o que a ferrovia trouxe para Lagoa da Prata. Hoje não temos a ferrovia, mas temos a estação que traz a memória da ferrovia. A estação começou a ser construída em 1911 e em 1916 ela ficou pronta. No ano de 1920 já tínhamos a Lobatinha. Tivemos fábrica de polvilho, calcário, madeira, depois veio a Usina, em seguida a Embaré. Tudo isso foi possível porque tínhamos um escoamento muito rápido. Até 1970 havia o transporte de pessoas. A linha férrea foi a primeira porta de entrada para muitas pessoas. É preciso preservar a memória que está esquecida”, enfatizou.

A data de inauguração da estação ferroviária de Lagoa da Prata teria sido 29 de fevereiro de 1916, conforme um manuscrito escrito de 1928. Costa ressalta a importância da população em participar das comemorações do centenário da estação. “A cidade é de todos nós e temos que participar e opinar nas decisões. Minha preocupação é dar um amplo conhecimento para as pessoas sobre o assunto, assim como fizemos a comemoração de 100 anos de Congado em 2013. Mas o centenário da estação será mais amplo, pois se trata de um bem público importante para a história do município. Por isso é importante contar essa história para que as novas gerações cuidem e a gente possa ter o bicentenário. E não se repita o que aconteceu em 2010, quando a estação esteve perto de ser demolida”, disse Costa

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