Secretária de Educação desmente boatos sobre fechamento de escola em Lagoa da Prata
“Isso é coisa de pessoas desocupadas, que passam o dia na internet difamando e criando confusão”, disse Paulene Andrade.
Nos últimos dias foram divulgadas nas redes sociais a informação de que a Semed (Secretaria Municipal de Educação de Lagoa da Prata) iria fechar as atividades das escolas municipais Professor João Fernandes, no bairro Sol Nascente, e do CEMEI São Carlos, no bairro Marília. O boato revoltou muitos pais.
Nesta quarta-feira (23/11), a secretária municipal de Educação, Paulene Andrade, participou de uma audiência na Câmara Municipal, juntamente com alguns pais e mães de alunos atendidos pelas escolas e vereadores. Ela explicou que a demanda de vagas nas duas unidades escolares vem caindo nos últimos anos e que se não houver procura suficiente nas matrículas a serem realizadas no próximo dia 28, haverá a possibilidade de remanejamento dos alunos matriculados para outras escolas, o que seria previamente discutido com os pais. A secretária garantiu que a informação sobre o fechamento de escolas é um boato. “Isso é coisa de pessoas desocupadas, que passam o dia na internet difamando e criando confusão. Nunca houve a fala de fechamento de escolas. Até porque, mesmo que quiséssemos, é ilegal. O que fecha escola é ausência de alunos. A lei garante o atendimento ao aluno”, disse.
A audiência teve início com o pronunciamento de Silvio Elias, morador do bairro Santa Eugênia, que usou a palavra a pedido das famílias presentes. Ele disse que ficou sabendo pelas mães sobre o fechamento das escolas, embora não tivesse “nenhum papel escrito” formalizando a decisão. “Essa foi a questão. Por que vai ser fechado, se vai ser fechado, se é para reduzir custos, temos o direito de saber. É triste ouvir falar que vai fechar escola”, disse Silvio Elias.
A secretária rebateu as alegações. “A única coisa que leva ao fechamento de escolas é a ausência de alunos. Ninguém tem a competência de fechar escolas, nem eu, nem o prefeito e nem os vereadores. Tem a lei que protege o aluno. Então chega um indivíduo aqui, desavisado, e fica falando de fechamento de escola. Isso não existe, meu senhor! Existe uma legislação que garante ao aluno o direito dele. É muito fácil pegar o microfone e falar besteira”, alfinetou Andrade.
ESCOLA JOÃO FERNANDES
A procura por vagas na escola municipal, localizada no bairro Sol Nascente, vem diminuindo desde 2012, conforme levando da Semed. A Administração Municipal investiu no primeiro semestre de 2016 cerca de R$ 200 mil na reforma do imóvel, mas nem isso foi suficiente para atrair os alunos. A secretária explica que nas escolas estaduais é necessário ter 35 alunos para se formar uma turma. Na Escola João Fernandes há turma com 11 alunos. “Se não tiver quantidade de alunos suficiente, temos que remanejá-los para outra escola. É uma hipótese que será estudada a partir do número de matrículas que forem feitas no dia 28 de novembro. Na contramão, temos uma demanda no bairro Sol Nascente, por vagas em creche, de 170 crianças de 2 a 3 anos. Infelizmente a demanda da escola João Fernandes no ensino fundamental só diminui. As gestoras da escola tentaram de todas as formas trazer o aluno, colocaram carro de som, mas infelizmente esse aluno não apareceu. Se não tiver procura, uma alternativa seria remanejar os alunos do ensino fundamental para as escolas Monsenhor e Arnaldo. É apenas uma possibilidade. Se não tiver alunos, vamos atender a creches. Recebemos pedido de vagas todos os dias, da promotoria, do conselho tutelar, de pais… Enquanto não chegar o dia da matrícula e não soubermos quantos alunos vamos receber, não faremos nada”, explicou a secretária.
CEMEI SÃO CARLOS
A situação desta unidade educacional é a mesma. Em 2012, havia 12 turmas no centro infantil, que hoje atende a apenas 6 turmas. “Temos um imóvel, que é o Castelinho Encantado, com quadra coberta e área verde. Pensamos em construir 3 salas e transferir os alunos para lá. E mesmo assim é uma hipótese porque ainda não tivemos as matrículas. Se houver número suficiente de matrículas não iremos alterar nada”, garantiu Paulene.