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Projeto voluntário de zumba reúne 400 mulheres em Lagoa da Prata

Projeto reúne mais de 400 mulheres em Lagoa da Prata (Foto: Andréia Faria/Arquivo Pessoal)
Grupo oferece aulas gratuitas também de aeróbica e avaliação nutricional.“Despertar de uma Grande Mulher” tem objetivo de empoderar mulheres

Andréia Faria queria sair da rotina, fazer atividades físicas, cuidar do corpo e emagrecer, porém, não tinha companhia, e percebeu que pelo mesmo motivo outras mulheres também deixavam de realizar esses objetivos. Por causa disso, a moradora de Lagoa da Prata, criou o grupo “Despertar de uma Grande Mulher”, que promove aulas de zumba, caminhadas, atividades aeróbicas e acompanhamento nutricional de forma gratuita. O objetivo é empoderar as mulheres e incentivar a qualidade de vida, o cuidado com a saúde, autoestima e alimentação.

“Eu queria sair de casa, quebrar a rotina e fazer algo diferente na cidade, e percebi que as mulheres daqui também sofriam com essa carência. Morei muito tempo em Joinville, SC e lá existem muitos grupos de apoio, quis implantar em Lagoa da Prata e está dando muito certo, estou muito feliz”, informou.

Há dois meses sendo realizadas na Praça de Eventos, próximo à Praia Municipal da cidade, as aulas que ocorrem em dias de segunda, quarta e sexta-feira, reúnem cerca de 400 pessoas de todas as idades. Além da zumba ainda acontecem  em dias de terça e quinta-feira atividades aeróbicas dentro da “praia”.

“Foi tudo rápido, publiquei uma mensagem em minha rede social, avisando que iria criar um grupo de apoio e convidei as pessoas. A aceitação foi grande, abrimos para mulheres, mas temos participação de crianças e homens de todas as idades, além disso, várias profissionais da saúde vieram me procurar. Hoje nós contamos com apoio de uma educadora física e uma nutricionista, e tudo de forma voluntária”, explicou a idealizadora.

Tudo funciona com apoio dos participantes, desde o som ao palco. Para a educadora física e professora de zumba Catiane Lino, o grupo traz além de qualidade na saúde, entretenimento, solidariedade e integração entre as alunas.

“É uma maravilha, nunca havia acontecido um movimento desses em Lagoa da Prata, e está ajudando muita gente, principalmente aqueles que não têm condições de pagar por esse serviço. As mulheres aqui são muito solidárias e o grupo funciona por causa de cada participante, já somos uma família”, comentou.

De acordo com a educadora física, apesar da solidariedade ainda é preciso auxílio de autoridades e Prefeitura, já que o grupo alcançou uma proporção grande e a estrutura disponível não está atendendo mais.

“Sou muito grata a todo empenho das pessoas em relação ao empréstimo de som, palco, mas já se faz necessário um som com maior potência e bebedouros, já que muitas mulheres participam. O grupo têm melhorado a autoestima de muitas mulheres da cidade, já vejo muito resultados, elas merecem o melhor”, informou.

O G1 procurou a Prefeitura de Lagoa da Prata que informou que apoia o projeto, que é de iniciativa popular, e por meio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) estará disponibilizando um bebedouro para os participantes. Foi solicitado também um palanque para o instrutor físico, cujo pedido foi encaminhado ao setor compatível e já está sendo providenciado.

Acompanhamento nutricional
Vendo a dimensão que o projeto tornou, a nutricionista Ana Luiza Guadalupe Perilo também quis colaborar, no grupo ela orienta e dá dicas de alimentação e de forma quinzenal avalia todos os participantes. Realiza pesagem, faz medição do índice de massa corporal e ainda dá descontos em caso de acompanhamento específico.

“É um sonho realizado, sempre quis ver um projeto desses acontecer em Lagoa da Prata, quando fui convidada prontamente me ofereci a ajudar. E já tenho visto muitos resultados, em dois meses, várias mulheres perderam peso. Algumas mais de cinco quilos”, afirmou.

Participantes
Daniela Xavier de 40 anos, está no grupo desde a fundação do projeto. Por ter sofrido com câncer e recentemente ter terminado o tratamento, o médico a recomendou praticar atividades físicas. Na oportunidade ela entrou nas aulas.

“Foi coisa de Deus mesmo, eu precisava fazer alguma atividade e surgiu o projeto, e me faz muito bem o contato com todas as participantes. Além de mim, conheci histórias incríveis que a zumba proporcionou. Como de uma senhora de mais de 65 anos que vivia na depressão e e foi curada por causa dessa atividade”, afirmou.

Além dela, Jane Silva de 38 anos, viu na zumba a oportunidade de voltar a praticar atividades físicas. Segundo ela, sempre foi adepta a esporte, porém ao sofrer uma lesão na coluna precisou ser afastada, mas foi liberada pelo médico a praticar a dança.

“Tem sido muito bom, já sinto minha musculatura enrijecido e minha disposição é outra. Participo de todas as atividades desde a dança até as caminhadas e atividades aeróbicas. O grupo foi essencial na minha vida”, concluiu.

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