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Projeto entre Apac e AAPA deve recuperar e revitalizar áreas ambientais degradadas

Na foto, os recuperandos fazem o plantio em uma fazenda em Moema

Após duas semanas do acordo firmado, os recuperandos já realizaram o plantio de 450 mudas em uma fazenda de Moema

 A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) e Associação Ambientalista dos Pescadores do Alto São Francisco (AAPA) firmaram uma parceria no dia 12 de janeiro para implantarem o Projeto Recuperar – Recuperando Vidas e Natureza. A parceria foi aprovada pelo Juiz da 1ª Vara de Execução Criminal, Aloysio Libano e pretende produzir mudas, através dos recuperandos da Apac, para reflorestamento e revitalização de áreas ambientais. Duas semanas após a assinatura do acordo, já aconteceu o primeiro plantio de 450 mudas, com tipologias específicas para a área, em uma fazenda próxima à Moema.

O nome do projeto foi escolhido pelo Juiz, que enfatizou que o objetivo dessa parceria é, também, a associação à recuperação social dos detentos à recuperação das áreas ambientais  que sofreram degradação.

Dr. Aloysio Libano

O projeto ainda está na fase inicial e, para que seja efetivado necessita de empresas parceiras. “A equipe está realizando visitas em busca destes parceiros  para que o projeto possa deslanchar com sucesso e atingir o seu objetivo de recuperar. Começam então a despontar algumas empresas interessadas, mas, neste momento inicial, elas ainda estão na fase de conhecimento e avaliação”, destacou o vice-presidente da AAPA, Sílvio Elias.

A demanda  de plantio surge basicamente por três situações, conforme explica a AAPA. “Pode ser de um proprietário que deseja melhorar sua área rural ou mesmo urbana. Pode ser uma exigência do Ministério Público para reconstrução de área degradada. Ou, ainda, para fazer uma recomposição florestal, por projetos que são apresentados ao Instituto Estadual de Florestas (IEF ) quando é necessário suprimir ou modificar uma área verde”.

O apoio da sociedade  também é importante para que o projeto se torne mais sólido. “As doações podem ser feitas diretamente na Apac, e é bem-vindo todo tipo de material necessário para manejo e cultivo, como por exemplo, botas, ferramentas, sementes etc”, frisou.

Interessados em conhecer mais sobre o Projeto Recuperar ou fazer um orçamento podem ligar para o vice-presidente da AAPA, Sílvio Elias,  através do número 99943-0018, ou para Beto (APAC) 3261-1898.

Como surgiu o projeto

A ideia surgiu de um recuperando, Reveston Marcos de Almeida, que conhece as práticas para cultivo de mudas.  O assunto chegou até o juiz Dr. Aloysio, e ele prontamente se dispôs a averiguar as possibilidades, como disse durante a assinatura do acordo. “O Reveston comentou que tinha conhecimento sobre sementes e cultivo porque tinha trabalhado com isso. Então, eu falei para o diretor da APAC:  ‘semana que vem você vai ver se ele sabe mesmo, e faz um experimento’, informou o vice-presidente da AAPA, Sílvio Elias.

Reveston então montou um viveiro dentro da Apac e, diante das mudas, o Juiz viu a oportunidade para reflorestamento e a necessidade de um planejamento técnico, resolvendo então sugerir parceria com AAPA, uma associação que está há mais de 15 anos trabalhando nas questões ambientais de Lagoa da Prata, principalmente na revitalização de áreas da Bacia do Rio São Francisco.

Para dar suporte técnico neste projeto, a consultoria de Frederico Muchon, mestre em Ciências Ambientais e especialista em Gestão Agroindustrial, estará à frente para orientar os trabalhos, desde a coleta das sementes, preparação do solo, demandas de espécies, até o pós plantio. A expectativa de todos os envolvidos é que o Projeto Recuperar  além de cumprir seu papel de recuperação social e ambiental, possa se expandir e servir de modelo para outras regiões que também necessitam de revitalização de áreas verdes. “Existe sim um custo, que é bem inferior ao de mercado. Ele irá variar de acordo com a distância da propriedade da pessoa, da tipologia e quantidade de mudas que vão ser plantadas. Também existem as despesas com transportes, de pessoal, alimentação, produção das mudas, coleta de sementes e material utilizado. O valor de cada plantio é calculado de acordo com cada propriedade”, informou Muchon.

 

 

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