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Prefeito e testemunhas falam sobre explosão na Caixa de Lagoa da Prata

O crime aconteceu por volta das 3 horas. Cerca de 8 a 12 homens fizeram parte da ação

Após algumas horas de uma explosão ocorrida na Caixa Econômica Federal de Lagoa da Prata, hóspedes de um hotel relatam momento de desespero. O crime aconteceu por volta das 3 horas. Cerca de 8 a 12 homens fizeram parte da ação. O repórter da rádio Veredas, Luiz Francisco, conversou com testemunhas que relataram como a madrugada no hotel, que fica próximo ao banco. “Eles começaram a quebrar os vidros e colocaram a dinamite lá dentro. Foram cerca de seis explosões. Eles estavam tudo encapuzados. O tempo todo eles gritavam para que ninguém chegasse nas janelas e dando tiro pra cima. Uns entraram no banco, dois foram para um quarteirão e outros para o outro”, afirmou o hóspede.

Outro homem do Rio de Janeiro que estava hospedado no local disse que assim que os hóspedes escutaram o barulho tentaram ver do que se tratava. “Quando percebemos que era uma ação de bandidos todo mundo correu para os quartos e deitamos no chão tentando nos proteger. Não deu para ver nada. É impossível ver mesmo que tenhamos curiosidade, mas a intenção mesmo é se proteger. É complicado ver uma cidade como essa ter uma explosão do jeito que teve.  Foi muito barulho e não teve nenhuma ação eficaz para combater isso. Sou viajante e no interior é a primeira vez que vejo isso. Por estar em uma cidade pequena e por viver em uma grande a gente não espera viver uma situação dessas”, disse.

De acordo com o prefeito Paulo  Teodoro, a situação é vista pelo Executivo com muita tristeza. “Ficamos tristes em ver o estrago feito na parte física da instituição financeira, na parte psicológica da população, onde o povo fica com a sensação de insegurança. O município tenta dar o suporte com a implantação das câmeras de monitoramento, ajuda no apoio à Polícia Militar, Polícia Civil e forças de segurança. Lutamos e trabalhamos, mas vemos que os bandidos vêm fortemente armados. Isso é reflexo do abandono do Estado frente à Segurança Pública no estado de Minas Gerais. Nossos policiais, em Lagoa da Prata particularmente, temos um efetivo de mais ou menos vinte anos atrás. A gente luta e corre atrás do Governo e a fala é sempre a mesma. – Ah, nós estamos é sem efetivo e sem condições de manter. Uma viatura que hoje roda na cidade é o município que coloca a gasolina e conserta quando há a necessidade. O Estado abandonou os municípios e só para se ter uma ideia, ele parcelou o salário dos servidores, incluindo a Polícia Militar”, afirmou.

O prefeito ainda falou sobre a falta de estrutura que os policiais têm em virtude do abandono do Estado. “Quando se vê o armamento que a polícia trabalha e o armamento que esses bandidos têm, como fuzis, como que vão enfrentar? Como que o policial chega com um revólver 38 e enfrentar esse povo todo. O Estado sucateou a Polícia Militar e em Lagoa da Prata não é diferente. Aí eu chamo a atenção da população em relação aos nossos representantes, que são os deputados, que vem aqui pegam dez mil votos, não mandam nenhum centavo para a cidade e não estão nem aí para Lagoa da Prata. Há quanto tempo estamos lutando para aumentar o efetivo da Polícia Militar. Na Polícia Civil conseguimos alguma coisa agora”, desabafou.

 

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