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Polícia Federal prende suspeitos de fraude milionária contra banco de Nova Serrana

Investigação constatou transferência de bens de empresário a terceiros. Empresário de Nova Serrana obteve crédito de R$ 2 milhões na Caixa

 

Os sete suspeitos de envolvimento em um esquema de fraude contra a Caixa Econômica Federal (CEF) que são investigados pela Operação “Bad Invoice”, da Polícia Federal (PF), foram detidos nesta terça-feira (7), em Nova Serrana. Eles foram levados para a delegacia da PF em Divinópolis.

Três deles foram liberados logo depois de serem ouvidos. Os outros quatro cumprem prisão temporária no Presídio Floramar. Eles poderão ser enquadrados por estelionato, formação de bando ou quadrilha e crime contra a ordem financeira.

Segundo o delegado Daniel Souza, a investigação continua e podem ser necessários novos depoimentos dos presos. “Eles vão ficar presos durante cinco dias, período no qual faremos outras diligências, para obter mais provas da fraude”, explicou.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em uma fábrica de sapatos e na casa do empresário, em Nova Serrana. Além de veículos, foram apreendidos computadores, documentos e mídias. Todos os materiais serão periciados. “Foram feitos levantamentos dos bens dessas pessoas. Assim que se constatou que muitos desses bens do principal empresário já haviam sido transferidos a terceiros, passamos para a fase de apreensão de documentos e oitivas com as pessoas envolvidas”, acrescentou.

A PF em Divinópolis teve apoio de policiais de Belo Horizonte e de Varginha na realização da Bad Invoice. A operação foi desencadeada a partir de um inquérito policial instaurado para investigar fraude praticada em detrimento à CEF.

Entenda o caso
Segundo consta nos autos do inquérito, o dono de uma empresa de calçados em Nova Serrana teria obtido um crédito de aproximadamente R$ 2 milhões junto a Caixa, apresentando como garantia inúmeras duplicatas mercantis.

Foram cumpridos sete mandados de busca, apreensão e prisão em desfavor do empresário, familiares e pessoas que de alguma forma auxiliaram na execução da fraude ou podem esclarecer detalhes sobre o crime. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 2ª vara da Justiça Federal de Divinópolis, que além das medidas já mencionadas, determinou o bloqueio de bens que estão registrados em nome de familiares do empresário. Estes bens poderão ser leiloados para evitar o prejuízo a CEF.

Segundo a PF, após o vencimento das duplicatas e não tendo ocorrido o pagamento, a CEF suspeitou da idoneidade dos títulos. Durante as investigações foram realizadas diligências em várias partes do país, sendo que foi possível comprovar que as empresas que constam como sacadas nos títulos dados em garantia não funcionam ou não existem.

Cerca de 76 empresas foram lançadas como sacadas das duplicatas, mas após as investigações se constatou que aproximadamente 59 delas não existem de fato ou não reconheceram as transações comerciais que teriam subsidiado a emissão do título.

A investigação também apurou que depois de encerrar as atividades da empresa em nome da qual foram praticadas as fraudes, o empresário manteve em funcionamento uma outra empresa, e ainda comercializa a antiga marca de calçados, valendo-se apenas de outra razão social. As investigações indicaram ainda que ele transferiu seus bens pessoais para o nome de terceiros, no intuito de se furtar de eventual ação de execução por parte da CEF.

Por: G1

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