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Parceria pode salvar a Lagoa Feia

Fotos: Carlos Frederico Muchon

A Biosev foi a responsável pela instalação do equipamento que vai bombear em torno de 250 metros cúbicos de água por hora

Uma parceria entre a Biosev, Associação Ambientalista dos Pescadores do Alto São Francisco (AAPA), Ibama e a empresa Ambiental Sem Limites pretende salvar a Lagoa Feia, que tem sofrido com a seca. Para que o projeto fosse implantado, uma licença ambiental foi concedida e, posteriormente, uma bomba foi instalada no rio São Francisco para levar água até a lagoa. “É a engenhosidade do ser humano colocada a serviço da natureza, já que o volume retirado é baixo e inofensivo para a vazão do velho Chico, mas suficiente para salvar a lagoa. Nossa preocupação foi com a questão da sustentabilidade e do meio ambiente. Essa ação visa garantir a manutenção da lagoa, que tem uma fauna estabelecida e é um cartão postal da cidade”, afirmou Rafael Silveira, gerente agrícola da Biosev.

A ação representará em torno de 6 milhões de litros de água diários sendo enviados para a Lagoa Feia. Todo o custo do projeto, seu funcionamento e a manutenção do equipamento ficará por conta  da Biosev.

Segundo o mestre em Ciências Ambientais, Frederico Muchon, o principal objetivo do projeto é manter a vida da Lagoa Feia, que estava secando e suas águas estão aquecidas demais, comprometendo a vida aquática. “A ideia surgiu em 2009, através de uma iniciativa da AAPA chamado Projeto Mães do Rio, onde foram levantadas todas as lagoas marginais da região e a situação das mesmas”, disse.

Muchon disse que o projeto é experimental, mas o objetivo é revitalizar outras lagoas da região. Frederico ainda ressaltou a importância do apoio que recebeu da Biosev, que, imediatamente, cedeu funcionários e equipamentos para a transposição das águas do rio para a lagoa.

Mestre em Ciências
Ambientais, Frederico Muchon,

Para que a captação de água do rio São Francisco fosse liberada, foi necessária uma licença ambiental junto ao IBAMA, por meio da Nota Técnica número 06/2017/ NUBIO/DITEC/SUPES-MG. “Isso respalda todas as ações que estão sendo tomadas”, garante Muchon.

Além disso, Frederico também explicou que o projeto não trará nenhum malefício para o rio São Francisco. “Até porque, conforme a própria Nota Técnica do IBAMA, trata-se de uma simples transferência emergencial de água dentro do próprio ecossistema compreendido pelo rio e sua lagoa marginal, no intuito de preservação”. Todas as medições de vazão, temperatura, dentre outras, estão sob a responsabilidade da Ambiental Sem Limites, que apresentará ao final do projeto dados ao IBAMA para que os resultados sejam avaliados.

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