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Pará de Minas – Ministério Público intervém no abastecimento de água

Órgão deu 10 dias para Prefeitura e Copasa resolverem o problema. Moradores precisam buscar água nas minas.

 

 

O problema de abastecimento de água em Pará de Minas sofreu intervenção do Ministério Público, que quer que a Prefeitura e a Companhia de Saneamento de Minas Gerias (Copasa) mantenham o fornecimento de água diariamente. O órgão emitiu uma liminar com prazo de 10 dias  para a solução do problema na cidade. O Executivo informou que pediu suspensão da liminar, pois não há água no município. Já a Copasa diz que tratará sobre o assunto na Justiça.

A situação chegou ao ponto que os moradores estão tendo que  buscar água nas minas. Ainda segundo a Prefeitura, está aberto o edital para contratar uma empresa de abastecimento e tratamento de água na cidade. A Copasa informou que permanece em Pará de Minas com o compromisso de tentar solucionar os problemas de água e o interesse em permanecer no município, porém, não participa de licitações. Ainda segundo a Copasa, os  investimentos a longo prazo só serão feitos se o contrato for renovado.

As cenas de pessoas com baldes de água  nas mãos não são comuns para muita gente, mas já fazem parte da rotina dos moradores de Pará de Minas. “Todos os dias eu busco água, não tem outro jeito. Já vai para nove dias que não tem água na minha casa e a que busco serve para o banho, para tomar e para fazer comida”,  relatou a auxiliar de serviços gerais Graziele Martins.

Por meio de uma liminar, o MP deu um prazo para que a Prefeitura e a Copasa restabeleçam o abastecimento. “Estamos pedindo suspensão da medida ao Ministério Público, pois não tem água em Pará de Minas. Não adianta enrolar a população e dizer que depois dessa liminar o abastecimento será retomado”, disse o prefeito Antônio Júlio.

Na estação de tratamento chegam 60 litros de água por segundo. Antes eram 240. A estiagem é o principal problema, mas a Copasa disse que poderá ser amenizado com algumas medidas que estão sendo tomadas. “Estamos furando poços mais profundos para ampliar nosso investimento na busca de água. Vamos aumentar a quantidade de caminhões-pipa e lançamos esta semana um procedimento de manifestação de interesse, que é a busca de uma parceria privada para a solução técnica e de financiamento para agilizar o processo”, disse o diretor de operação metropolitana da Copasa, Juarez Amorim  Juarez.

Medidas alternativas
Meses depois de ser decretada calamidade pública por falta de água em Pará de Minas, a cidade continua vivendo com os problemas no abastecimento. O período de estiagem e a falta de chuva no início do ano agravaram ainda mais a situação no município. Enquanto a situação não é solucionado, moradores têm adotado medidas para minimizar os efeitos da falta de água, como comprar, armazenar ou então buscar água em minas.

A dona de casa Tatiana Mara é moradora do Bairro Santos Dumont, localizado em uma parte alta da cidade. Segundo ela, o local já ficou sem receber água por até cinco dias. “Para beber e fazer comida a solução foi comprar agua mineral. Quando a água chega, muitas vezes está suja e a que aparenta estar limpa logo armazenamos em um tambor para ter nos dias sem abastecimento”, relatou.

[pull_quote_left]Sempre faltou água aqui no bairro, mesmo antes dessa crise. Por isso nós mesmos perfuramos um poço para diminuir o problema. Precisamos de água para fazer a limpeza do espaço, da cozinha e para preparar os alimentos[/pull_quote_left]

Quem também sofre com a falta d’água são os restaurantes no município. Mariana Silva Souza é gerente em um bar e pizzaria no Bairro Patafufu. De acordo com a gerente, ela mesma tomou medidas para minimizar temporariamente o problema. “Sempre faltou água aqui no bairro, mesmo antes dessa crise. Por isso nós mesmos perfuramos um poço para diminuir o problema. Precisamos de água para fazer a limpeza do espaço, da cozinha e para preparar os alimentos”, contou.

[pull_quote_left]É muito triste nós mesmos termos que buscar uma solução para ter água em casa, no trabalho e não quem de fato é responsável pelo abastecimento. Se hoje o meu bar está funcionando é por minha causa[/pull_quote_left]

Ainda segundo Mariana, mesmo não sofrendo tanto com a falta de água, a situação a incomoda bastante. “É muito triste nós mesmos termos que buscar uma solução para ter água em casa, no trabalho e não quem de fato é responsável pelo abastecimento. Se hoje o meu bar está funcionando é por minha causa”, protestou.

 

Fonte: G1

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