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Núbia Soares enfrenta sopro cardíaco para chegar ao topo no salto triplo

A melhor juvenil do mundo no salto triplo, Núbia Soares, traz no peito marcas de vitória que vão além de medalhas. Se hoje a mineira de Lagoa da Prata tem coração forte para se emocionar com a conquista do Troféu Brasil de Atletismo, um sopro cardíaco diagnosticado nos primeiros seis meses de vida quase impediu que a carreira florescesse.

Hoje aos 18 anos, Núbia enfrenta o problema de frente e, com acompanhamento médico, concilia os cuidados com a saúde e o esporte de alto rendimento.

O problema que afeta a líder do ranking mundial de 2014 entre as atletas de até 20 anos, envolve alterações nas válvulas cardíacas. Núbia, passou por uma cirurgia aos seis meses de vida e, após a recuperação, faz exames periódicos para se certificar de que está tudo bem.

[pull_quote_left]Levo apenas a marca da cirurgia no peito, porque depois do tratamento não tive mais problemas cardíacos. As pessoas me perguntam sobre a cicatriz e até brinco que ela serve para me lembrar de me cuidar sempre[/pull_quote_left]

“Levo apenas a marca da cirurgia no peito, porque depois do tratamento não tive mais problemas cardíacos. As pessoas me perguntam sobre a cicatriz e até brinco que ela serve para me lembrar de me cuidar sempre. O esporte mexe com nosso coração, pois são muitas emoções. É muito importante se cuidar e por isso continuo em monitoramento e faço exames anualmente”,  comentou.

O problema de Núbia é explicado pelo cardiologista Élvio Marques da Silva. Segundo ele, o sopro pode ser fisiológico ou patológico, em decorrência de falhas no coração. O sopro não é uma doença, mas sim um sinal de doença.

“Durante o batimento cardíaco é gerado um ruído produzido pela passagem do sangue pelas estruturas do coração, chamadas de válvulas, direcionando o fluxo de sangue dentro do órgão. Quando existe algum defeito ou mesmo alguma pequena diferença na abertura ou fechamento dessas válvulas, o sangue produz um ruído semelhante ao do vento quando passa por um buraco, daí o nome sopro cardíaco”,explicou.

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De acordo com o cardiologista, com o tratamento bem-sucedido são necessários apenas acompanhamentos do médico para certificar que está tudo bem com o coração. Também é recomendável avaliação minuciosa, que compreende consulta e exames especializados. Élvio explica que, com autorização médica e exames favoráveis, a prática de esporte é liberada.

“É necessário acompanhar, mas se não tiver maiores problemas o paciente é liberado para a prática de esportes, até mesmo o atletismo”, comentou.

Como era muito nova quando passou pela cirurgia, Núbia não se lembra do procedimento ou da recuperação, mas agora, ciente de tudo que aconteceu, ela faz questão de agradecer pela dedicação com a qual foi cuidada.

“Claro que muito jovem não lembro das dificuldades que enfrentei quando criança. Mas pelos relatos de minha família, sinto-me muito agradecida por estar bem e fazer o que mais amo, que é praticar o atletismo. Enfrentar o sopro foi meu primeiro e mais importante desafio na vida”, lembrou.

Com o coração batendo forte e a liderança do ranking mundial, Núbia só pensa no sonho de competir nas Olimpíadas de 2016, sem abandonar o sorriso no rosto.

[pull_quote_right]Lutar sempre foi palavra na minha vida. E sem dúvidas vou fazer meu máximo para conseguir a vaga e participar da próxima Olimpíada. Se Deus quiser, vou levar medalhas e sorrisos para casa[/pull_quote_right]

“Lutar sempre foi palavra na minha vida. E sem dúvidas vou fazer meu máximo para conseguir a vaga e participar da próxima Olimpíada. Se Deus quiser, vou levar medalhas e sorrisos para casa”, finalizou.

Fonte: Globo Esportes.

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