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“Medicamentos de alto custo não são de responsabilidade do município”, avisa diretora da Farmácia Municipal

Isley Vieira, diretora da Farmácia Municipal, disse que o Estado não está fornecendo os medicamentos que atendam a demanda do município.
Atualmente, 611 pessoas recebem medicamentos de alto custo em Lagoa da Prata

Em virtude de várias reclamações sobre as doações de medicamentos de alto custo, a Secretaria Municipal de Saúde informou à redação do Jornal Cidade que o município não é responsável por fornecê-los aos usuários. De acordo com a Diretora Farmacêutica da Farmácia Municipal, Isley Vieira, existem dois meios para que a pessoa consiga esses medicamentos, caso precise. “Tem a via administrativa, onde eles montam o processo comigo, e a via judicial. Quando o medicamento não faz parte da relação de medicamentos de alto custo, existe a portaria GM/MS Nº 1554/2013 com todos os medicamentos que ele oferece e com os CIDs (Código Internacional das Doenças). Não é porque o medicamento está na lista de alto custo que você irá recebê-lo, depende do CID de cada paciente”, afirmou.

A farmacêutica também explicou como funciona o modo administrativo. “Eu forneço a documentação e a pessoa leva para o médico responsável, que irá preencher, fazer relatórios, receitas, anexar exames comprovando a doença, e a gente manda toda essa papelada para um perito em Belo Horizonte. E é este perito que vai liberar ou não o medicamento para o paciente, 90% das vezes é liberado”, destacou.

A Portaria GM/MS Nº 1554/2013 determina que os medicamentos de alto custo são de responsabilidade do Estado. “Mas o município fornece esse serviço para o usuário, e o motorista vai toda semana a Divinópolis buscar essa medicação”, informou.

Isley também frisou que para a pessoa conseguir esses medicamentos sempre se leva em consideração a questão social e o fato de portar uma doença. “A medicação deve fazer parte da relação e o paciente precisa comprovar que existe uma doença com exames e relatórios médicos”, afirmou.

Atualmente, 611 pessoas recebem os medicamentos de alto custo em Lagoa da Prata. “O município paga uma parte, o Governo Estadual paga outra parte e o Governo Federal paga a outra. Nós repassamos mensalmente o valor. O município está fazendo sua parte, então, o Estado deve fazer a dele“, destacou.

ESTRADO NÃO ATENDE DEMANDA

Os medicamentos básicos também são fornecidos pelo Estado. “Entro no site e faço a programação. O Estado disponibiliza uma quantia em dinheiro, que é de acordo com a população de cada município. Algumas vezes, temos medicamentos que não estão disponíveis no sistema, esses não têm como pedir. Os outros eu peço de acordo com a necessidade do município. Esporadicamente a falta acontece, o Estado tem processo de compra, às vezes frustra uma licitação ou algum outro problema. Por exemplo, na última programação o Estado não conseguiu fornecer alguns medicamentos, e são medicamentos que têm muita demanda, a solução foi o município comprar com recurso próprio”, afirmou.

Isley frisou a importância do programa Farmácia Popular, disponível em muitas drogarias no município, como alternativa à falta de medicamentos “O nosso estoque depende da Secretária de Saúde do Estado. O município compra quando está em falta, mas não consegue comprar 100%. Alguns dos medicamentos básicos estão disponíveis também na Farmácia Popular. Sempre oriento os usuários a buscarem a opção do programa do Governo Federal, quando é necessário. Muitas vezes um medicamento que falta aqui ele consegue, gratuitamente, na farmácia popular“, afirmou.

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