Lagoacred e Crediprata entram na luta contra o Aedes Aegypti
Sozinho, o poder público não vem conseguindo combater as doenças causadas pelo mosquito. População também precisa assumir a sua responsabilidade nessa luta
Com o intuito de reduzir o número de casos de dengue no município e sensibilizar a população com relação aos riscos do zika vírus, chikungunya e microcefalia, a Lagoacred e Crediprata se uniram novamente em 2016 para a realização de uma grande campanha de conscientização. As ações estão sendo realizadas também em Santo Antônio do Monte, Japaraíba, Capoeirão, Moema, Esteios, Pedra do Indaiá e Martins Guimarães.
Em 2015, as cooperativas realizaram a Operação de Combate à Dengue, onde 21 escolas se inscreveram e cada uma definiu as ações que realizariam em sua comunidade. A operação envolveu cerca de 10 mil alunos e servidores, que agiram estrategicamente para abranger o máximo de pessoas em Lagoa da Prata. Cada escola desenvolveu uma atividade para mobilizar os seus alunos e, consequentemente, seus familiares, sobre a importância de se adotar medidas em relação à prevenção e controle da doença.
De acordo com os diretores do Sicoob Crediprata, Ivo Jonas e Antônio Claret, em 2016 não será diferente. Em parceria, as cooperativas darão a sua contribuição com a finalidade de conscientizar as comunidades sobre a importância da prevenção e do combate aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti. “Manter a cidade livre das doenças causadas pelo mosquito não é responsabilidade exclusiva dos governantes, mas de cada um de nós, porque só conseguiremos acabar definitivamente com os casos de dengue, chikungunya e zika vírus quando não houver condições de proliferação do mosquito”, enfatizaram.
Claret e Ivo também ressaltaram a importância da união das pessoas no combate ao mosquito. “Quantas vidas já perdemos e quantas ainda precisamos perder para começarmos a agir? Quantos casos de microcefalia com suspeita de serem causados pelo zika ainda precisarão ocorrer para que assumamos a nossa responsabilidade e paremos de esperar uma atitude do outro e passemos a agir? Faça o que precisa, sem esperar. Depois poderá ser muito tarde!”, avisaram.
Para Nilson Bessas, presidente do Sicoob Lagoacred, o crescente número de casos de microcefalia sensibilizou as instituições. “As cooperativas não existem somente para o fomento econômico dos associados. Elas têm interesses pelas comunidades onde estão inseridas e por isso abraçam causas sociais que venha trazer benefícios para a população”, afirmou.
Bessas também destacou que é inaceitável perder a guerra para o Aedes Aegypti. “E é o que está acontecendo. No princípio de janeiro quando entramos com a campanha havia 1700 casos de suspeita de microcefalia causados pelo Zika vírus. Esta semana o Jornal das Dez, da Globo News, informou que já são mais de 3.900 casos. Todo esse crescimento em menos de um mês. O problema agora é que as vítimas não têm como se defenderem, pois são bebês em gestação, vítimas da inconsequência dos adultos”.