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Lagoa da Prata se retira do consórcio que administra o SAMU

Administração Municipal argumenta que não faz sentido injetar R$ 12 mil mensais no consórcio para oferecer à população o mesmo serviço que já é feito pelo Resgate Municipal

O prefeito Paulo Teodoro convocou uma coletiva de imprensa hoje de manhã para explicar os motivos que levaram Lagoa da Prata a sair do Cisurg (consórcio entre 54 municípios que visa oferecer o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU). Acompanhado do secretário de Saúde, Geraldo de Almeida, e do assessor técnico Antônio Juarez de Castro, o chefe do Executivo afirmou, entre outras coisas, que a direção do consórcio não cumpriu com o acordo firmado inicialmente e colocou em dúvida o funcionamento da proposta, já que muitos municípios não estão pagando as mensalidades ao órgão.

No final da tarde de ontem (quarta-feira), cinco profissionais que foram aprovados no processo seletivo feito pelo Cisurg estiveram na prefeitura, acompanhados pelos vereadores Quelli Couto, Di-Gianne Nunes, Cida Marcelino e Natinho, na tentativa de buscar explicações sobre a saída de Lagoa da Prata do consórcio. Eles não conseguiram falar com o prefeito. “A nossa reivindicação é porque fizemos o processo seletivo e fomos classificados. Fizemos a prova, a capacitação e estávamos apenas aguardando para assinar o contrato. Esta semana fomos surpreendidos que a base onde seria o SAMU estava sendo transformada em consultório dentário”, afirmou a técnica de enfermagem Maraísa Márcia Ferreira Silva.

EXPLICAÇÕES

A Administração Municipal convocou uma coletiva de imprensa para explicar os motivos da saída de Lagoa da Prata do consórcio. Participaram o Jornal Cidade, Jornal O Papel e Rádio Veredas. Veja a seguir as explicações do governo.

  • DESCUMPRIMENTO DE ACORDO: Quando os municípios iniciaram as tratativas de implantar o SAMU, de acordo com o prefeito Paulinho, Lagoa da Prata seria contemplada com uma base avançada e se tornaria uma cidade pólo do SAMU, com ambulância, médico, técnicos de enfermagem e socorrista. Depois o Cisurg decidiu enviar para Lagoa uma ambulância simples com técnicos de enfermagem e motorista, serviço inferior ao que já é oferecido pelo Resgate Municipal, que conta com médico e enfermeiro no transporte de pacientes. Este foi o principal motivo que levou a Administração Municipal de Lagoa da Prata a se retirar do consórcio.
  • INADIMPLÊNCIA DA MAIORIA DOS MUNICÍPIOS: Até dezembro de 2015, Lagoa da Prata pagava, mensalmente, ao SAMU cerca de R$ 2.500. 13 dos 54 municípios estavam em débito com o consórcio. Em 2016 o valor da contribuição de Lagoa da Prata foi elevado para R$ 12.500 e até o mês de março apenas 3 municípios estavam em dia com o pagamento de suas mensalidades, conforme planilha apresentada pelo secretário de Saúde. “Temos várias cidades que até hoje não pagaram nenhuma parcela. O que vai acontecer com esse consórcio? O pagamento vai sobrar para as cidades maiores. O que custaria R$ 12 mil por mês passaria para R$ 20 mil, R$ 30 mil, tendo uma ambulância simples, e ainda ter a obrigação de dar suporte para a cidade vizinha”, critica o prefeito Paulinho.
  • RESGATE MUNICIPAL: Lagoa da Prata já oferece, segundo o prefeito Paulinho, o mesmo serviço proposto pelo consórcio. “Estamos prestando esse serviço para a comunidade com toda a qualidade e economicidade. Saímos de um consórcio que nos obrigava a atender o cidadão de uma cidade vizinha e estamos atendendo o cidadão de Lagoa da Prata, que é a nossa obrigação”.
  • PROCESSO SELETIVO DO SAMU: Segundo o prefeito, as pessoas aprovadas no processo seletivo feito pelo Cisurg podem ser convocadas para trabalhar em qualquer município participante do consórcio. “O fato de a pessoa ser de Lagoa da Prata não garante a ela o direito de trabalhar em Lagoa da Prata”. Ele disse que a Administração Municipal irá agendar uma reunião com todas as 12 pessoas aprovadas no processo seletivo do SAMU feito pelo consórcio para explicar os detalhes do relacionamento do município com o Cisurg.

    Vereadores da oposição acompanharam os profissionais à prefeitura para buscar explicações
    Vereadores da oposição acompanharam os profissionais à prefeitura para buscar explicações
  • CRÍTICA AO DIRETOR DO CONSÓRCIO: Paulo Teodoro disse que fará uma representação na Justiça contra o diretor do Cisurg, José Márcio. “Ele deveria ser mais claro e transparente. Ele tentou criar um tumulto em Lagoa da Prata junto com as pessoas que foram aprovadas no processo seletivo e alguns vereadores. Eu isento a presidente da Câmara, que veio à prefeitura com o intuito de ajudar. Ela me ligou hoje de manhã e disse que não tinha informações. Expliquei tudo para ela. Mas vou fazer uma representação contra o José Márcio”. Porém, o prefeito criticou outros vereadores que, segundo ele, nunca foram na prefeitura nos últimos três anos e agora compareceram “querendo confusão”.

O prefeito Paulo Teodoro, o secretário Geraldo de Almeida e o assessor técnico Antônio Juarez de Castro ainda fizeram outras declarações polêmicas. Assista a entrevista no vídeo abaixo e confira.

A reportagem do Jornal Cidade entrou em contato com o Cisurg para ouvir o posicionamento do diretor José Márcio, mas ele já havia encerrado o expediente. Um novo contato será feito nos próximos dias.

Imagem mensalidades SAMU para net

O OUTRO LADO
A diretoria do CIS-URG Oeste se manifestou por meio de uma nota de esclarecimento enviada ao Jornal Cidade e apresentou as suas alegações. Leia a íntegra:

Nota

 

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