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Lagoa da Prata – Internauta critica Promotor e recebe resposta de Dr. Luís Augusto

Na tarde desta quinta-feira (27), um internauta, usuário do Facebook, publicou um comentário na rede social criticando a Representação Criminal movida pelo Promotor Luís Augusto de Rezende Penna contra 16 pessoas que compartilharam uma publicação difamatória de autoria de um perfil falso (fake) de nome Carlos Francisco. Na ocasião, o fake caluniou o próprio promotor, diretores e funcionários do Hospital São Carlos.

O internauta publicou:

Bom, o Promotor Luís Augusto de Rezende Pena moveu uma Representação Criminal (processo para os leigos) contra usuários que compartilharam uma notícia até então falsa e, divulga OFICIALMENTE os nomes e endereços de 16 pessoas, sem se quer levar em conta de que tais pessoas podem sofrer retalhações! Pois bem, vocês (leitores desse post) hão de convir que NO MÍNIMO depois de um episódio desse o que tem que ser feito é uma INVESTIGAÇÃO CRIMINAL para apurar e apresentar a TODA a população os fatos! Se é de fato “verdade” ou se é de fato “mentira”. O que EU vejo, é simplesmente um funcionário público nervosinho, fazendo uso da máquina pública para vomitar suas insatisfações, por Deus, tem coisas mais importantes para serem feitas nessa cidade. Essas briguinhas podem até surgir a partir de pessoas mau intencionadas, mas, ganham proporção por que pessoas mais mau intencionadas e desprovidas de inteligência dão ibope! Promotor, inclua meu nome nos autos se achar necessário, mas, mostre a todos que é mentira. Abra uma investigação, e apresente os fatos! Pessoas são ofendidas todos os dias na porcaria do Facebook, mas nem todos tem o privilegio de se sentar na cadeira que o senhor senta. Então, por favor, como funcionário público faça valer a pena cada centavo do seu salario que; diga-se de passagem, é pago por mim, e por todos os moradores de Lagoa da Prata, inclusive os 16 que processou, e se ocupe com causas mais relevantes do que as que acontecem em torno do seu “umbigo blindado” pela ocupação do cargo em que está”.

Na tarde desta sexta-feira, Dr. Luís Augusto enviou uma nota à imprensa para responder aos questionamentos do internauta:

“Apesar de muito bem-vindas, não costumo me manifestar ou responder a críticas ou comentários feitos em grupos virtuais como “Boca no Trombone”, “Imprensa Livre” e outros similares que existem por aí, pela simples e elementar razão de que os tenho como espaços sagrados reservados à democratização da imbecilidade e à propagação, por vezes criminosa, da boataria e de inutilidades das mais variadas, que encontram campo fértil em tais grupos.

De toda forma, e em caráter excepcionalíssimo, vou me permitir dar um feedback ao Sr. Rogério Ferdynan, seja pelo alvoroço social causado pelos fatos por ele comentados, seja pelo desconhecimento que aparenta tomar conta dos seus comentários.

Portanto, Sr. Rogério Ferdynan, eu não deveria, mas vou tentar lhe ajudar. Não deveria, Sr. Rogério Ferdynan, porque, conforme já dito, as suas críticas encontram assento em ambiente virtual que eu repudio e tenho como indigno de qualquer credibilidade. Mas vou fazê-lo, ainda assim, em razão, repito, da repercussão social do caso e em respeito a sua ignorância – na melhor acepção da palavra -, porque, com perdão pela franqueza, vejo que você é apenas mais um dos que se habilitam a falar de assunto desconhecido ou conhecido apenas de forma rudimentar, superficial, desapropriado, portanto, para registro em meios que facilitem a sua divulgação, como no caso das redes sociais. Isso vale, naturalmente, para os que se orientam por condutas de cautela mínima, de modo a evitar que o achismo unilateral, doméstico, periférico, caipira, empírico e amador seja despejado no Facebook, como de costume, e abocanhado pela estupidez alheia como verdade científica, à sobra de qualquer dúvida.

Mas, indo objetivamente aos seus questionamentos, meu caro Rogério Ferdynan, Promotores de Justiça e Juízes de Direito não estão nem nunca estiveram acima da lei. Muito antes pelo contrário, devem a ela mais obediência do que qualquer outro cidadão que não seja detentor daqueles cargos públicos, porque, por presunção, são conhecedores e escravos da lei em suas vidas pessoais e funcionais.

Agora o que você parece não saber, meu caro Rogério Ferdynan, é que Promotores de Justiça e Juízes de Direito, ao assumirem os seus cargos, não fazem juramento explícito ou implícito de covardia, de pusilanimidade, a justificar, por exemplo, a complacência ou a indiferença para com ataques que lhes sejam dirigidos contras suas vidas particulares ou profissionais, tal como se viu no episódio do dia 22/07/2017, em postagem realizada no Facebook por um perfil falso (Fake), que, atuando por encomenda, plantou comentários caluniosos e injuriosos que tiveram como alvo múltiplas pessoas, dentre as quais eu meu vi incluso. Daí a minha repressão legal, a tempo e modo, contra os que demonstraram expressa adesão àqueles comentários e, via de consequência, incorreram em práticas criminosas, quer você goste, quer você não goste, quer você concorde, quer você não concorde, o que me é de todo indiferente.

Aliás, nesse particular, e se que é me fiz entendido das suas colocações, Sr. Rogério Ferdynan, você parece sugerir que essas ofensas são algo de somenos, sem relevância, e que eu deveria me ocupar de “causas mais relevantes”, aquelas que, pra ser fiel a sua expressão, possam romper os limites do meu próprio “umbigo”.

Mais um ledo engano de sua parte, meu caro Rogério Ferdynan! Ao mesmo tempo em que registro que a sua afirmação é típica dos comodistas e dos egoístas que cultuam a máxima popular segundo a qual “pimenta nos olhos dos outros é refresco”, devo dizer que este é exatamente o cerne da questão, retratando, por vias oblíquas, o ápice do seu  esconhecimento acerca daquilo que fala.

É que, por detrás dos ataques realizados pelo Fake, meu caro Rogério Ferdynan, está o propósito inútil e até risível de retaliar e/ou de tentar inibir a minha atuação como Promotor de Justiça nesta Comarca de Lagoa da Prata/MG, isso em razão de dezenas de ações civis públicas de improbidade administrativa que foram ajuizadas nos últimos dois meses contra gestores e ex-gestores públicos, ações essas que visam a resguardar não o meu patrimônio particular ou, como queira, o meu “próprio umbigo”, mas o patrimônio público lesado em cifras milionárias. Pra seu governo, Sr. Rogério Ferdynan, são essas ações judiciais é que estão a causar a inquietação, o pavor e o revide rasteiro de alguns e que, efetivamente, justificam cada centavo do meu salário, bancado, sim, por você, pelo seu vizinho, pelos que sofreram justa representação criminal e, enfim, por toda a coletividade.

E, a quem interessar possa, e com modéstia às favas, faço e vou continuar fazendo bem o meu trabalho, com ou sem ataques de Fakes, que, diga-se de passagem, não passam de ESPASMO CADAVÉRICO! Recomendo a eles e aos seus eventuais mandantes uma atuação com menos amadorismo e com mais criatividade, porque a minha repressão contundente aos corruptos e aos corruptores do dinheiro público está em franca e destemida expansão, doa a quem doer…

Finalmente, meu caro Rogério Ferdynan, quanto ao seu desejo de ter uma investigação criminal, de ver os fatos apresentados à sociedade, lamento dizer que, se o senhor está a se referir aos vitupérios levados a efeito pelo Fake “Carlos Francisco”, não há o que ser feito, senão a representação criminal contra a qual o senhor se insurgiu. Qualquer degrauzinho acima da demência e da idiotia plena será suficiente para permitir ao leitor da postagem do dito Fake que aquilo que ele escreveu, mal e porcamente, encontra princípio, meio e fim na hostilidade gratuita, puramente caluniosa e infamante.

Nada impede, porém, meu caríssimo Rogério Ferdynan, que o senhor mesmo, por conta e risco próprios – e isso, de resto, vale para quem quer que seja – faça coro e leve adiante a ideia criminosa do Fake. E se for por falta de orientação, eu mesmo dou o caminho, aqui e agora. Faça contra mim uma representação criminal junto à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais (Avenida Álvares Cabral, no 1690, Bairro – Lourdes – Belo Horizonte – MG CEP: 30170-008 – Fone: (31)3330-8100), juntando a denúncia do Fake e quaisquer outros fatos, documentos ou circunstâncias que qualquer pessoa terrestre ou extraterrestre tenha conhecimento. Mais do que isso, e como costumam fazer alguns, mande cópias da representação criminal para a Corregedoria do Ministério Público, para o Conselho Nacional do Ministério Público e até para o Papa, lá no Vaticano, e peça uma rigorosa investigação criminal contra este Promotor de Justiça por aquilo que achar que deva.

Essa conduta de valentia e de coragem, meu caro Rogério Ferdynan, se executada pelo senhor mesmo ou por seja lá quem for, não me causará constrangimento algum e poderá, quem sabe, servir de bom exemplo a outros que queiram denunciar, preferencialmente sem se valer do manto pouco nobre do anonimato.

Espero ter sido claro e objetivo nos esclarecimentos prestados, me colocando à disposição na Promotoria de Justiça de Lagoa da Prata/MG para prestar informações complementares que sejam ou que venham a ser de interesse de qualquer cidadão”, finaliza Dr. Luís Augusto.

O Jornal Cidade está aberto caso qualquer cidadão queira se manifestar sobre o episódio.

Leia abaixo o ofício original do Promotor

CLIQUE AQUI e Leia a matéria sobre a representação criminal contra as 16 pessoas que compartilharam a publicação difamatória.

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