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Lagoa da Prata – Diretor do SAAE não descarta racionamento de água

Nesta semana, pelo menos três poços artesianos secaram em Lagoa da Prata

 

 

Um em cada cinco municípios brasileiros já pediu ajuda federal devido à seca ou estiagem neste ano. No total, 1.183 cidades atingidas pela seca decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública. Em Lagoa da Prata e Santo Antônio do Monte as empresas de abastecimento de água estão adotando medidas preventivas para garantir o atendimento à população. Mas o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de LP, Astácio Corrêa Neto, não descarta o racionamento caso a falta de chuva e desperdício de água continuem. “A quantidade captada pelo SAAE hoje é suficiente para abastecer a população. Não temos ainda necessidade de racionar água. Trata-se de um bem natural e, portanto, é difícil fazer previsão exata do tempo que esses poços serão suficientes, se podemos ou não ficar sem água. Existem estudos feitos pelo SAAE do potencial aquífero, e, segundo esses estudos, estamos em uma região bastante favorável, mas não existem garantias, nem certezas absolutas. Os estudos têm muitas variáveis e tudo pode acontecer”, afirma Neto.

[pull_quote_left]A quantidade captada pelo SAAE hoje é suficiente para abastecer a população. Não temos ainda necessidade de racionar água. Trata-se de um bem natural e, portanto, é difícil fazer previsão exata do tempo que esses poços serão suficientes, se podemos ou não ficar sem água. Existem estudos feitos pelo SAAE do potencial aquífero, e, segundo esses estudos, estamos em uma região bastante favorável, mas não existem garantias, nem certezas absolutas. Os estudos têm muitas variáveis e tudo pode acontecer[/pull_quote_left]

Nesta semana, três propriedades rurais em Lagoa da Prata ficaram sem água devido à seca total de seus poços artesianos. Em uma delas está localizada uma empresa de laticínios. As outras duas estão localizadas na Comunidade dos Mirandas. A Secretaria de Meio Ambiente precisou levar água em caminhões-pipas, de acordo com o secretário Lessandro Gabriel.

DESPERDÍCIO

O SAAE perfurou mais três poços artesianos e já fez a previsão orçamentária para construir no próximo ano mais um reservatório com capacidade de um milhão de litros. “Também estamos trabalhando no combate ao desperdício existente nas redes de distribuição de água. Precisamos usar a água com responsabilidade, sem desperdício. Só assim podemos evitar a falta desse bem tão precioso”, afirmou.

Neto ressalta que mesmo com a realização de campanhas educativas, a população insiste em gastar água sem moderação. “Percebemos que várias pessoas ainda usam a água para varrer calçadas e lavar ruas. E quando são abordadas e orientadas quanto ao uso inadequado da água tratada, elas reagem dizendo que estão pagando, portanto, podem gastar. Isso não é verdade. Pagamos pelo serviço e não pela água. A água é um bem público de valor incalculável. Todos devem ter acesso a ela. Quando desperdiçamos, nós tiramos o direito de outros que poderiam usá-la”, frisou.

 

                O município de Santo Antônio do Monte também vem enfrentando sérios problemas pela falta de chuva e o uso abusivo da água. De acordo com a assessoria de comunicação da COPASA, para reforçar o abastecimento de água da cidade, o órgão está perfurando poços profundos que, caso seja necessário, entrarão em operação.

 

RIO SÃO FRANCISCO

Se por um lado muitas pessoas gastam água excessivamente em tarefas domésticas, por outro, a Biosev, indústria que produz álcool e açúcar, retira milhões de litros de água diariamente do Rio São Francisco para irrigar os seus canaviais. A empresa possui uma outorga (licença) fornecida pela Agência Nacional de Águas (ANA). “O triste é saber que a agência concede essas autorizações sem verificar o que realmente está acontecendo, se o rio tem condições de prover essa água. A empresa não paga nenhum centavo para a retirada dessa água, ou seja, o município fica com todo o ônus dos problemas ambientais e o Estado e União ficam com todo o bônus”, afirmou o vice-presidente da Associação Ambientalista dos Pescadores Amadores (AAPA), de Lagoa da Prata, Saulo de Castro, em matéria veiculada pelo Jornal Cidade no dia 11 de abril deste ano.

 

Extração de água no rio são francisco

 

 

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