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Lagoa da Prata completa 76 anos no próximo dia 27

Para comemorar o aniversário de emancipação política do município, Jornal Cidade traz um pouco da história contada pelo escritor Silvério Rocha, já falecido, em seu livro “Lagoa da Prata – Retiro do Pântano” e um ensaio fotográfico com imagens da cidade registradas pela jornalista Sabrina Silva

 


“Em 1789, ao desmembrar-se de Tiradentes, foi criado o município de Itapecerica, constituído de 34 distritos (ou divisões) chamados ordenanças do reino. Dentre eles, havia uma parte chamada de Pântano, a 12ª localizada. Outra era Santo Antônio do Monte.

A decadência das minas gerais, na Província, ocasionaram certa evasão de mineradoras à busca do ouro descoberto no outro lado do Rio São Francisco em Goiás Velho e Paracatu. Essa afluência ocasionou o deslocamento de pessoas nas margens são-franciscanas, inclusive buscando a Picada de Goiás – próxima do reduto – e o Pântano começou a ser povoado.

Na segunda década do século XIX, um português chamado Manuel Novato, ao adquirir certa área rural, perto do lugarejo, construiu um aterro a frente de um brejo, onde uma lagoa foi formada. Eram buscados recursos hidráulicos para atenderem artifícios utilitários.

No ano de 1841, os irmãos Francisco e Alexandre, filhos de Fortunato José Bernardes – vindos de Carmo da Mata (junto a dois outros irmãos: Carlos e Amâncio) – assumem o controle da passagem sobre o Rio São Francisco. Pouco depois, um filho do Francisco, de nome Carlos José (que havia se casado na cidade Oliveira e se tornara viúvo), casa-se com Alexandrina, sua prima, filha do Alexandre, quando edifica um sobrado, próximo à lagoa e passa a morar no palacete que mais tarde tomou o nome de “Museu Dona Alexandrina”. Era 1875.

Anos antes, em 1862, quatro Missionários Franciscanos, liderados por D. Eugênio Maria de Gênova, passando por ali viram a beleza da lagoa sem nome e encantados com o panorama, deram-lhe o nome de Lagoa das Pratas, conforme a história registra. Esse nome foi sofrendo alterações a pronuncia até formalizar-se: Lagoa da Prata.

Após ter-se tornado num homem riquíssimo, e até motivando o título de “coronel”, Carlos José Bernardes Sobrinho e dois cunhados, Alexandre e Rodolfo, além de Cirilo Maciel, traçaram certa área urbana, mandando edificar uma capela no centro. Era o Pântano em organização e a chegada do fim do século XIX.
Subitamente morre o Coronel Carlos Bernardes no dia 2 de Janeiro de 1900. Chamado a celebrar a primeira missa na capela ainda em construção, o Monsenhor Otaviano José de Araújo, vigário de Santo Antônio do Monte, dá à capela o nome de São Carlos e, numa homenagem ao grande líder desaparecido, conclama o povo a alteração do nome do lugar que passa a chamar-se São Carlos do Pântano.

Em fevereiro de 1916, ao criar-se a via ferroviária da região, foi dado a estação daqui o nome da lagoa. E em fevereiro de 1925 o povoado é elevado á categoria de Distrito quando recebe o nome da estação, noutra mudança à toponímia: Lagoa da Prata.

Com a criação do Bispado de Aterrado, em 1923, no mês de Julho de 1932 o Bispo Diocesano Dom Manoel Nunes Coelho criou a Paróquia de Lagoa da Prata que passa ter São Carlos Borromeu por orago ou protetor.

O Distrito cresce e se desenvolve rápido, justificando-se a sua elevação à categoria de Município. Essa emancipação sonhada e pleiteada acontece no dia 27 de Dezembro, de 1938, quando se desliga, administrativamente, de Santo Antônio do Monte, de que se originara.

Mas é em 11 de Agosto de 1977 que consegue elevar-se à categoria de Comarca que se constitui através dos municípios de Lagoa da Prata e Japaraíba. Criada como entrância inicial, já pode tornar-se intermediária, cuja transformação acontecerá no segundo semestre deste ano com os benefícios naturais à agilização da Justiça.

Fonte: Livro “Retiro do Pântano”, do historiador Silvério Rocha

 

 

Show sertanejo gratuito no aniversário da cidade
Niver de Lagoa (10)Lagoa da Prata irá comemorar 76 anos de emancipação política no próximo dia 27 de dezembro. E a festa irá ficar por conta da dupla sertaneja Chico Rey e Paraná.

Os irmãos, nascidos no interior do estado do Paraná, têm uma carreira de mais de 30 anos. Grandes sucessos foram gravados pela dupla, como “Tranque a Porta e me Beija”, “Encanto e Magia”, “Tá com Raiva de Mim”, “Você Não Sabe Amar”, “Um Degrau na Escada”, “De lá pra cá”, “Em Algum Lugar do Passado”, “Operário, Vida, Viola”, “Alma Transparente”, “Canarinho Prisioneiro”, “Leão Domado”, “Amor Rebelde”, além da música que deu início ao sucesso nacional da dupla, “Quem Será Seu Outro Amor”, que lhes rendeu o primeiro disco de ouro.

O show acontecerá na Praça de eventos, a partir de 21h, com entrada gratuita. O cantor Rony Ribeiro, que toca sertanejo universitário, fará a abertura do evento.

 

RÉVEILLON

A virada do ano em Lagoa da Prata será marcada pela apresentação de dois grupos locais. Os sertanejos Recanto da Chibata e os pagodeiros do Mistura do Samba farão o show no réveillon, na Praça de Eventos, a partir das 21h.

Haverá ainda queima de fogos.

A realização dos dois eventos é da Prefeitura Municipal de Lagoa da Prata, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo.

 

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