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José Antônio – A árvore e o dinheiro

Em meados de 1994 eu trabalhava na Fogos São Geraldo no setor de cores, era eu, o Divino e o Cícero de Lagoa da Prata, o Cabeção, o Chalabangã, o Pendão, o Zé Paulo meu irmão e mais uma turminha que não me lembro muito bem agora. Já no setor da matriz trabalhava o Guilherme, a Janaína e mais uma trinca de gente que passava na porta do barracão que eu trabalhava para ir para o setor deles. Naquela época as fábricas não tinham uniformes, eram roupas normais mesmo que a gente deixava na fábrica para não usar cada dia uma e estragar.

Na porta do barracão que eu trabalhava também tinha uma torneira que a gente usava para lavar as mãos. Eu chegava cedinho trocava a roupa e ia na torneira lavar minha mão para ir mastigar as brovidades na merenda . Mas teve um dia que eu tava lá lavando as mãos e quando olhei para baixo tava um vento, mais um vento, e o melhor era que estava ventando dinheiro. Era nota de dois, cinco, dez… foi quando eu andei mais um pouquinho e os valores foram subindo, eram notas de cinquenta…e por aí ia. Fiquei indignado, rapaz a braquiara tava ficando boa mesmo, ventando dinheiro?  Foi quando olhei para uma árvore e tinha um tanto de notas grudadas nela.  Os colegas que estavam trabalhando no barracão dentro barracão não sabiam do acontecido, e eu que não era bobo fui só colhendo o dinheiro e colocando no bolso, rapaz eu trabalhei o dia inteiro com esse dinheiro guardado.

Quando foi a tarde, eu pensei : dinheiro a gente não pergunta de quem é. Foi então que imaginei que  aquele dinheiro pudesse ser do pessoal da matriz, mas fiquei quietinho. Tirei a minha roupa e fui tomar banho para colocar uma roupa mais limpinha e fui embora. Quando cheguei na portaria da fábrica eu comentei com o pessoal , mas ninguém manifestou dizendo que havia perdido o dinheiro . Eu fiquei feliz, eu pensei que tinha rachado os tomates e ganhado esse dinheiro , só que quando eu levei a mão na camisa limpa que eu vi rapaz que  o dinheiro era meu mesmo. Olha só que o que é a fechadura do pobre. O pobre quando acha dinheiro é dele mesmo . Mas sabe o que aconteceu? Quando eu cheguei cedo fui na torneira antes de trocar a roupa para trabalhar e aquele dinheiro caiu do meu bolso e eu nem observei, e quando eu fui na torneira da segunda vez o dinheiro ainda estava lá. Então a moral da história é que quando o pobre acha dinheiro este é dele mesmo. Se outro passa lá e acha esse dinheiro eu é que ia ficar no bico do urubu. Esse dinheiro era para pagar um atrasado no armazém da Tina do Zé Cabral. Mas eu fiquei feliz por um dia viu, pois eu tinha encontrado uma árvore de dinheiro. A sensação foi boa demais. O dia que você encontrar uma árvore de dinheiro você vai ver que maravilha que é. Eu tenho a impressão de que é a mesma coisa de ganhar na mega sena.

 

José Antônio – Locutor da rádio Samonte FM E- mail: bandeirantes@isimples.com.br
José Antônio – Locutor da rádio Samonte FM
E- mail: [email protected]
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