fbpx
jc1140x200

Dia Nacional da Luta Antimanicomial é lembrado em Lagoa da Prata

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Lagoa da Prata realizou diversas atividades na semana passada para comemorar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado no dia 18 de maio. Na terça 14, os usuários do CAPS participaram de um piquenique em um sítio. No dia seguinte, familiares dos pacientes se encontraram com as psicólogas Cláudia e Fernanda, que explicaram sobre os novos sintomas da saúde mental. “Temos uma clínica de excessos: excesso de consumo, de sexo, de internet, de droga, de álcool, de imagem corporal, de gente com anorexia”, disse uma das organizadoras dos eventos, a psicóloga Sally Garcia, que trabalha no CAPS há 17 anos. Na quinta 16, aconteceu a exibição de um filme no Centro Cultural Hilde Schmidt e na sexta, com o apoio do Movimento E-Cult, foi realizado na praia municipal o evento “Liberdade ainda que tam tam! – A gente não quer só remédio. Quer remédio, diversão e arte”. Foram oferecidas oficinas de desenho, maquiagem e a apresentação musical com artistas locais. Havia também a exposição de produtos feitos pelos usuários do CAPS, que podem ser adquiridos na loja instalada no Terminal Rodoviário.

De acordo com Garcia, o maior desafio da luta antimanicomial é a inserção do paciente em atividades sociais. “É fazer com que os doentes mentais possam circular pela cidade, não perdendo seus laços de trabalho, de amizade, que possa frequentar cinemas, lanchonetes, bares, como qualquer pessoa”, afirma a psicóloga.

Psicóloga Sally Garcia trabalha no CAPS de Lagoa da Prata há 17 anos

Garcia diz que o serviço vem obtendo êxito no tratamento das doenças mentais clássicas (esquizofrenia, transtorno bipolar grave, depressão grave, entre outras), porém, a preocupação do momento é com relação às internações compulsórias de pessoas que são usuárias de álcool e outras drogas. “Está ocorrendo um recrudescimento de internações compulsórias pelo imediatismo de solução de problemas, pelo lucro que essa indústria oferece a quem possui os meios de tratamento. Vamos enfrentar mais uma batalha, que não será fácil. Quem viver verá. Em internações, as famílias pagam mil, mil e quinhentos reais e muitas vezes não conseguem resultados. Ficam livres daquela pessoa, de ter um usuário de drogas e álcool na família, mas isso é temporário. Continuaremos sendo contrários à internação sem o consentimento da pessoa. A não ser em casos de extrema necessidade”, finaliza Garcia.

Veja fotos do evento:

Conteúdo exclusivo do portal TV Cidade Lagoa da Prata. A reprodução total ou parcial está expressamente proibida sem a autorização por escrito da produtora, conforme determina a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610), estando o infrator sujeitos às penalidades impostas pela legislação. É permitida somente a divulgação do teor integral por meio de compartilhamento nas redes sociais.

 

jc1140x200
Abrir o WhatsApp
Como podemos ajudar?
Olá, como podemos ajudar?