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Denúncia sobre agressão de militar contra homem em LP é investigada

Amigos e familiares pedem justiça em manifestação

Abordagem da polícia foi filmada e homem entrou em coma após ação. Polícias Militar e Civil falam sobre o caso; familiares e amigos manifestaram por justiça

Por: G1

As polícias Civil e Militar investigam denúncia de agressão de um policial contra um homem, de 44 anos, em Lagoa da Prata. Vídeos que circulam na internet mostram toda a ação que aconteceu em frente a um bar. As imagens mostram quando o mecânico Anderson Alves da Silva se aproximou, foi abordado e caiu batendo a cabeça no chão.

Após o fato, o homem foi internado em coma induzido. Familiares e amigos realizaram uma manifestação pedindo justiça e alegam que a versão do policial é diferente do que aparece nas imagens.

O comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Rodrigo Teixeira Coimbra, informou que foi instaurado um inquérito e a partir desta quarta-feira (29) o processo de investigação terá prosseguimento. Ainda de acordo com o comandante, as investigações devem durar 40 dias e o processo será arremetido para a Justiça Militar que fará o julgamento do militar, caso necessário.

A Polícia Civil também investiga o caso. Segundo o delegado Vinícius Machado, o inquérito já foi instaurado e todas as partes serão ouvidas em diligências preliminares. O militar poderá responder por lesão corporal grave. “Uma imagem vale mais do que mil palavras. Basta verificar as imagens, não houve essa história da vítima avançar sob a arma do policial. O que temos de analisar inicialmente nesse caso é se houve a intenção dolo do militar em atentar contra a vida da vítima. Se descartada essa possibilidade, e a princípio, é o que as imagens demonstram, o crime será considerado militar e será julgado como crime de lesão corporal grave pela Justiça Militar. Se comprovado o dolo do militar em tirar a vida da vítima, o que não se verifica pela análise das imagens, o crime seria de competência do Tribunal do Júri e investigado pela Polícia Civil”, explicou.

Manifestação

No fim da tarde desta terça-feira (28), familiares e amigos, vestindo camisas brancas e carregando cartazes, saíram às ruas pedindo justiça e paz. O grupo se reuniu na Praça da Matriz e seguiu em uma caminhada até o bar onde foi a confusão.

Segundo Kennedy, cerca de 100 pessoas participaram da caminhada. “Estamos todos muito sensibilizados e precisamos de mais paz e preparo das nossas polícias”, finalizou.

O caso

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a Polícia Militar (PM) foi acionada, na madrugada de segunda-feira (27), em um bar no Centro de Lagoa da Prata. No local, algumas pessoas colocaram mesas e cadeiras na rotatória existente em frente estabelecimento e assim que os militares pediram para que os frequentadores saíssem da rotatória, os policiais teriam sido hostilizados.

Um dos frequentadores foi imobilizado pelos policiais. Neste momento o mecânico Anderson Alves se aproximou e, conforme versão registrada pela PM, ele tentou tirar a arma do militar, que reagiu atingindo o rosto do homem que caiu no chão já descordado.

Porém, testemunhas contestaram a versão do militar e disseram que a vítima se aproximou tentando apaziguar a confusão quando foi atingido subitamente pelo policial.

Ao G1, uma pessoa que pediu para não ser identificada contou que o policial ainda tentou algemá-lo, mas ele já estava desacordado. “Eles ficaram parados olhando tudo e a gente, juntamente com os funcionários do bar, que tomamos as primeiras providências para socorrê-lo. Os vídeos comprovam tudo”, contou a testemunha.

O homem foi socorrido na viatura e levado para o Pronto Atendimento da cidade onde o médico constatou traumatismo craniado e transferiu o paciente para o Hospital João XXIII em Belo Horizonte. A assessoria de comunicação da unidade disse que não informa estado de saúde de paciente.

Estado grave

Adriana Alves da Silva Almeida é irmã de Anderson Alves e contou que ele está internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital na capital. “Ele estava em coma induzido, os médicos tentaram tirar a sedação, mas ele ficou muito agitado, então a medicação está sendo retirada aos poucos”.

Ainda de acordo com Adriana, os médicos disseram que para avaliar a gravidade do trauma e possíveis sequelas, é necessário esperar o mecânico acordar e não há uma previsão de quanto tempo isso pode levar.

Anderson Alves da Silva se aproximou, foi abordado e caiu batendo a cabeça no chão.
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