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Artigo: A casa está vazia, e agora?

Flávia de Castro Silva – CRP 04/45856 Psicóloga e atende no Espaço Crescer/ Maria Bruna Mota Pereira – CRP 04/45107 Psicóloga e atende na Clínica Reabilitar e ASAP.

Quando uma criança nasce existe toda uma dedicação ao cuidado, atenção, amor e tantas outras características dispensadas ao novo membro da família. Esse cuidado, por parte dos pais, se estende por todo o desenvolvimento da criança e, na maioria das vezes, não termina nem quando os filhos já são adultos. Mas então, chega um dia em que essas crianças crescem, tornam-se adultos e saem de casa.

Quando isso acontece, aquela casa que antes era cheia de energia, onde havia pessoas conversando a todo o momento, um silêncio profundo começa a aparecer. Nesse momento, os pais, em sua maioria a mãe, podem sofrer com a chamada “síndrome do ninho vazio”.

A Síndrome do Ninho Vazio caracteriza-se pelo sofrimento dos pais por causa da saída dos filhos de casa, que podem ocorrer por diversos motivos, como o casamento, a faculdade, dentre outros motivos. Quando a saída dos filhos acontece por um bom motivo como o casamento ou a conquista de um bom emprego em outra cidade, a transição desse sofrimento é mais fácil de lidar. No entanto, quando a saída se dá por alguma briga, desavenças com a família ou até mesmo a morte, o sofrimento pode ser mais intenso, doloroso e talvez mais difícil de passar por ele. Dessa forma, o motivo da saída tem um peso importante na intensidade do sofrimento dos pais.

Entende-se que o sofrimento decorrente dessa síndrome tem um momento para começar e um momento para terminar. Seu início se dá quando os filhos saem de casa e termina quando uma nova rotina e uma nova ordem familiar são desenvolvidas. Contudo, se o sofrimento decorrente da síndrome se prolongar muito além desse estabelecimento da nova rotina é necessário investigar o motivo.

Quando os pais não conseguem administrar os sentimentos decorrentes dessas mudanças, os mesmos podem contribuir para o desenvolvimento de alguma psicopatologia, como depressão, ansiedade ou angústia. Nesse caso, é preciso buscar por acompanhamento psicológico e/ou médico.

Algumas adaptações na nova rotina podem evitar que a dor se transforme em adoecimento. O casal pode, por exemplo, olhar o novo momento de vida não como uma perda, mas como um momento de mais privacidade para vivenciar a vida a dois, se programando para viagens, passeios e outras formas de lazer. Se já estiverem aposentados, podem aproveitar as horas vagas para leitura, jogos, aprendizado de novas atividades ou até mesmo um trabalho voluntário.

Também é importante salientar que, nesse momento, os filhos precisam estar atentos aos sentimentos dos pais, ocorrendo uma espécie de “inversão dos papéis”: se antes eram os pais que consolavam as dores dos filhos, agora é chegada a vez de esses filhos darem seu apoio aos pais.

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