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Campanha da Fraternidade 2015 aborda questões sociais

Em coletiva de imprensa, Padre Patriky fala sobre os desafios da Igreja Católica e necessidade de reforma política

 

Está a acontecer hoje, em todo o Brasil, o lançamento da Campanha da Fraternidade, realizada pela Igreja Católica. Com o tema “Fraternidade, Igreja e Sociedade” e o lema “Eu vim para servir” (Marcos 10,45) a campanha evidenciará os aspectos sociais e a relação da igreja com a sociedade. Em Lagoa da Prata, a Paróquia São Carlos Borromeu realizou na manhã de hoje uma coletiva de imprensa para divulgar a CF 2015. O pároco Padre Patriky Samuel Batista falou sobre os desafios da igreja e a necessidade de transformar em ações a fé dos católicos. A reforma política também esteve na pauta da entrevista com o religioso, que você confere a seguir.

A IGREJA NA SOCIEDADE

cartaz campanha da fraternidadeEm 2015 a Igreja Católica celebra os 50 anos do Concílio Vaticano II, evento sobre o qual foi redigido um decreto que inspirou a Campanha da Fraternidade 2015. “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Jesus Cristo. Por isso o tema é Fraternidade, Igreja e Sociedade. O objetivo é lembrar aos cristãos católicos que a Igreja é uma força na sociedade, ajudando a comunidade”, explica Padre Patricky.

Para exemplificar a atuação que a Igreja pretende difundir entre os católicos, o pároco falou de uma visita comunitária realizada no beco PC4, no bairro Américo Silva, onde encontrou, na rua, um adolescente armado em plena luz do dia. “A Igreja precisa encontrar um espaço para que esse menino tenha um encaminhamento. Precisamos ser parceiros das entidades e oferecer condições para que essa criança tenha aulas de música ou pintura e saia dessa situação. Já temos parcerias com a Banda Lira São Carlos, SOS, Fazendinha Novo Caminho, Asfer, Sociedade São Vicente de Paulo, Associação Sara Aparecida, Fundação Chiquita Perillo, Pastoral da Criança, etc, e precisamos ser mais atuantes. Temos que conhecer as demandas da nossa comunidade e atuar na prática. Nossa missão é mostrar às pessoas que elas podem oferecer algo mais, podem viver o cristianismo na prática, viverem a fé no dia a dia”, explica.

O padre disse que também pretende renovar as comunidades para que elas também atuem no sentido de conhecer e transformar a realidade das pessoas mais necessitadas, em todos os aspectos. Outro objetivo é implantar a Pastoral do Idoso em Lagoa da Prata.

 

REFORMA POLÍTICA

A Igreja Católica em Lagoa da Prata participou da coleta de assinaturas que solicita uma reforma no sistema político no Brasil. Em parceria com o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sind-UTE), foram coletadas mais de 5 mil assinaturas na Diocese de Luz, que serão encaminhadas ao Congresso Nacional. “É um modo concreto de lutar pelos nossos direitos, de refletir sobre esses esquemas escandalosos, que acontecem desde que o Brasil é Brasil”, argumenta Patricky.

Padre Patriky Samuel Batista (1)De acordo com o padre, a Igreja Católica é contra a doação de empresas às campanhas políticas. “Defendemos um financiamento democrático e público de pessoas físicas, a adoção de um sistema eleitoral de voto transparente em dois turnos, no qual o eleitor inicialmente vota em um programa partidário e posteriormente vota no candidato. Defendemos também a alternância de homens e mulheres na lista dos candidatos. Paralelo a isso, a Igreja tem lutado para a formação de uma consciência política. A Igreja não deseja voltar no tempo da Cristandade, onde a voz da Igreja e do Estado era uma só. Mas desejamos viver esse aspecto de fraternidade. A Igreja é irmã da sociedade e pode contribuir para que a sociedade seja mais justa, mais fraterna e solidária, promovendo o bem comum, a dignidade das pessoas e a justiça social”, finaliza o pároco.

 

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