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Autocompaixão e autoestima: qual a diferença? | Artigo

Autoestima, como o próprio nome sugere, é a capacidade de estimar a si próprio. Não raro vejo matérias em noticiários e revistas tratando sobre este assunto. Em geral falam sobre fórmulas que prometem aumentar a autoestima, relacionando-a muitas vezes com questões estéticas. Sabemos, porém, que autoestima não se relaciona apenas à estética. Estimar significa gostar, apreciar e admirar. Ainda que alguém se torne capaz de apreciar a própria aparência pode acabar tropeçando em outros aspectos seus, pelos quais sejam despertados sentimentos de vergonha e não de admiração!

Autoestima então refere-se à capacidade de estimar a si próprio em completude, não se limitando apenas a alguns pontos. Sob essa perspectiva podemos concluir então ser praticamente impossível desenvolver uma constante alta autoestima. Ou seja, não dá para estimar a si próprio em todos os seus aspectos o tempo todo e, não há nada de errado nisso! O erro é que aprendemos que devemos admirar, apreciar e gostar apenas daquilo que é certo, perfeito, correto e bonito, nos esquecendo de que nossa condição humana de eternos aprendizes é caracterizada pelo cometimento de erros e enganos.

Quando a situação não está admirável, correta, bonita, quando existe o erro, é comum que surja a autocrítica punitiva, caracterizada por pensamentos e ideias de autodesvalorização e sentimentos de tristeza e culpa. Nestes momentos, a autoestima sai de cena,  pois não há espaço para ela, sendo importante então entrar em ação a autocompaixão! Autocompaixão é a capacidade de ser compassivo consigo mesmo e isso não é sinônimo de “passar a mão na cabeça” e acatar um erro, é ser capaz de compadecer e se oferecer apoio, ao invés de agir com críticas severas e punições. Praticar autocompaixão, no entanto, não é tarefa fácil, principalmente se você aprende que deve ser duro, firme e crítico consigo mesmo.

É muito comum que uma pessoa sinta compaixão por alguém que vivencia uma situação parecida com a dela, não sendo, porém, capaz de ser compassiva consigo mesma. Desenvolver a autocompaixão torna-se, todavia, tão ou até mesmo mais importante do que desenvolver autoestima, pois ao contrário da autoestima que surge quando está tudo bem, a autocompaixão é a atitude que oferece o suporte no momento em que mais se necessita deste: nas horas difíceis. Uma atitude que pode lhe ajudar a desenvolver a autocompaixão mediante uma situação de sofrimento em que estiver sendo duro consigo mesmo, é pensar: “O que eu diria a um amigo meu que estivesse passando por esta mesma situação? “.  Em seguida dirija a si mesmo as palavras compassivas, de acolhimento e de apoio que você dirigiria a este seu amigo. Se sentindo confortado, é bem provável que saia da condição de se punir e se sentir mal consigo, se sentindo mais disposto a agir em direção a mudança que lhe importa.


Autora: Luciene Morais Batista – CRP 04-37799 Psicóloga Clínica – Especializada em Terapia Comportamental e Cognitiva pela PUC Minas Consultório: Rua Professor Jacinto Ribeiro nº 32, Centro, Lagoa da Prata – MG Fones (37) 9 9869-9964 (Vivo) ou 9 9142-4349 (Tim) Credenciada para Atendimentos Online pelo site www.psicoharmonia.com.br

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