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Álcool cai R$ 0,60 na usina e aumenta R$ 0,01 na bomba

Preço ao produtor caiu de R$ 1,90 para R$ 1,30; nos postos, sindicato alega que a queda ainda vai aparecer nas pesquisas.

Consumidor não foi beneficiado pela queda do preço do etanol após início da safra da cana

Embora o preço do etanol hidratado para o produtor tenha tido queda de R$ 0,60 nos últimos 30 dias, conforme a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), o mesmo não aconteceu na bomba para o consumidor. Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que o preço médio do litro do combustível derivado da cana-de-açúcar ficou estável nas quatro últimas semanas no Estado e, em Belo Horizonte aumentou R$ 0,01 nos postos.

A última pesquisa, com preços coletados de 3 a 9 deste mês, mostra que o litro do etanol é comercializado a R$ 2,949 em Minas Gerais. Já na semana de 13 a 19 de março o valor era de R$ 2,948. Na semana passada frente a semana anterior (27/03 a 02/04), houve um pequeno recuo que não chega a R$ 0,03. Entre o fim de março e começo deste mês, o valor médio do litro do combustível foi de R$ 2,975.

Até agora, lamentavelmente, o consumidor não foi beneficiado pela queda do preço do etanol hidratado para os produtores e o mercado vem mantendo a máxima de que quando o preço sobe o repasse é feito um foguete, mas quando cai é de paraquedas”, reclama o presidente da Siamig, Mário Campos.

Ele explica que, em um mês, o litro do combustível pago ao produtor caiu de R$ 1,90 para R$ 1,30 (valor sem imposto). O motivo do recuo no preço é fruto do aumento da produção. “Estamos no começo da safra. E a redução no valor pago já é esperada”, observa.

Competitividade. O dirigente diz que hoje o combustível derivado da cana não é competitivo em Minas Gerais, já que a diferença na comparação com a gasolina é de 78,4%. A relação é favorável ao etanol quando está abaixo de 70%. “Se houvesse repasse da queda para o consumidor, o valor médio do etanol poderia estar em R$ 2,35, bem diferente dos quase R$ 2,95 encontrados nas bombas. Considerando o preço médio da gasolina a R$ 3,76, a diferença seria de 63%, tornando o etanol competitivo”, analisa.

Justificativa

“A redução no preço do etanol já ocorreu nos postos, só que ainda não foi constatada pelas pesquisas de mercado. É que existe um intervalo entre a queda e os levantamentos. Acredito que nas próximas pesquisas a queda será verificada”, Bráulio Chaves – Diretor do Minaspetro.

Brasil terá déficit de 1,2 milhão de barris de petróleo em 2030

 A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou ontem que o Brasil precisará de mais duas refinarias para evitar riscos de desabastecimento de combustíveis na próxima década. A conclusão é parte de estudo sobre a dependência do mercado nacional de combustíveis, que aponta para uma importação de 1,2 milhão de barris por dia em 2030. O estudo considera que a Petrobras não construirá mais as refinarias Premium no Nordeste, projetos que foram pensados para cobrir parte deste déficit, mas foram suspensos diante da crise financeira da estatal e das investigações da Operação Lava Jato.

A ANP traçou dois cenários. Sem a conclusão do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o país importará 742 mil barris por dia em 2026 e 1,201 milhão de barris por dia em 2030. Com a conclusão do Comperj, os números caem para 683 mil barris/dia em 2026 e 1,142 milhão de barris/dia em 2030. Hoje, são 323 mil barris por dia. Se tivermos dez anos de crescimento moderado, vamos ter questões importantes para enfrentar no mercado de combustíveis“, afirmou Magda.

Segundo ela, as alternativas são a construção de novas refinarias ou investimentos em dutos e terminais de importação, com a instituição de estoques estratégicos. Se a opção for pelas refinarias, a ANP defende que uma unidade seja instalada no Maranhão e outra na região do Triângulo Mineiro, para abastecer o Centro-Oeste e parte do Sudeste.

 Por: O Tempo
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