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A comparação torna a pessoa “mais ou menos”

Autora: Luciene Morais Batista – CRP 04-37799 Psicóloga Clínica – Especializando em Terapia Comportamental e Cognitiva pela PUC Minas Consultório: Rua Professor Jacinto Ribeiro nº 32, Centro, Lagoa da Prata – MG Fones (37) 8842-4204 e 3262- 2132 Credenciada para Atendimentos Online pelo site www.psicoharmonia.com.br

Há pouco tempo ouvi uma frase muito legal que dizia o seguinte: “Aquele que se compara com alguém se acha “mais” ou se acha “menos” e acaba se tornando “mais ou menos”. O hábito de comparar uma pessoa com outra é muito comum e costuma acontecer já na infância. Às vezes os pais acabam comparando um filho com outro ou mesmo comparando seus filhos com os filhos dos vizinhos. Os filhos também acabam fazendo o mesmo, ou seja, comparando seus pais com os pais dos seus coleguinhas. Observa-se que, em geral, aquele que faz a comparação não se incomoda, todavia, aquele que é objeto da comparação se sente desconfortável com a situação.

Cabe destacar que, a princípio, a intenção que rege a atitude daquele que compara é sempre positiva. Por exemplo, um pai que compara seu filho com o filho do vizinho está almejando que seu filho adquira características do filho do vizinho que ele acredita serem boas. O mesmo acontece com o filho que compara seus pais com os pais dos coleguinhas. O que ele deseja é que seus pais tenham as mesmas características dos pais de seus coleguinhas que, ao seu modo de ver, são boas.

Nota-se, no entanto, que a comparação pode apresentar um efeito justamente contrário. Se os pais dizem: “Marquinhos você está muito sem educação, precisa ser mais educado. Olha só como o Gabriel é educado, você precisa fazer igual a ele.”, pode ser que o Marquinhos intensifique ainda mais os comportamentos que os pais julgam como sendo inadequados. Isso porque o fato de ter sido comparado com Gabriel é algo ofensivo e aversivo para Marquinhos que, apesar de ser ainda uma criança, sente os efeitos negativos da comparação: o de ser inferiorizado.

Cabe aqui ressaltar que apesar de haver uma intenção positiva por trás da comparação os resultados dela nem sempre são positivos. A intenção da comparação é a igualar, ou seja, a de tornar alguém igual ou próximo daquilo que o outro é. Todavia, isso simplesmente não é possível, pois as pessoas são únicas e possuem características que são singulares e é isso o lhes conferem a possibilidade de serem seres únicos no mundo. Se a intenção é ajudar o outro a mudar para melhor, ao invés da comparação, talvez seja mais interessante ater-se a formas menos ofensivas de se conseguir isso, utilizando-se, por exemplo, o diálogo.

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