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Entrevista: Vereador Adriano Moraes

Veja o vídeo da entrevista:

Como você avalia os três primeiros anos desta sua legislatura?

Satisfatório, principalmente neste mandato, onde a Administração favoreceu os vereadores que querem desenvolver um bom trabalho. O que temos visto nessa gestão é que a cidade virou um canteiro de obras, e a maioria do dinheiro para essas obras não veio do orçamento municipal, e sim de verbas que partiram de deputados estaduais e federais que fizeram todo esse movimento na cidade. Outras cidades da região estão em crise, e nós temos uma economia forte em Lagoa da Prata. A gente vê que o dinheiro está sobrando para fazer os projetos sociais, que é o mais importante.

O que você pode mostrar para o eleitor que é fruto direto do seu trabalho e do seu empenho nesses três anos da atual legislatura?

Tenho diversos projetos em andamento, como cultura disponível a todas as pessoas, cultura nas escolas, por meio da distribuição de livros, etc. No âmbito do Legislativo, tenho dizer que a Câmara não funciona sem o Executivo, porque senão os projetos ficam só no papel. Todos os projetos que estiveram em andamento nesses três anos foram viabilizados através do Executivo. Tem que deixar isso bem claro, porque vereador não executa projeto. O melhor projeto que já passou aqui na casa é de minha autoria, que proíbe o plantio de cana no perímetro urbano. Outro, de relevância, foi a melhoria da cesta básica  e implantação da jornada de trabalho de 6 horas para os funcionários públicos.

Alguns vereadores o criticam pelo fato de você ter uma ligação muito próxima com o prefeito e a Administração Municipal, e que muitos dos projetos são idealizados dentro da Prefeitura, o que lhe beneficiaria politicamente. O que você tem a dizer sobre esse assunto?

Político tem que saber fazer política. Eu estou aqui para trabalhar para o povo. Eu queria que todo mundo ficasse falando bem de mim, mas a política não funciona desse jeito. No meu outro mandato, onde o prefeito só sabia ouvir o Marlúcio Meireles, que era o secretário de governo dele, eu não parei de tentar me comunicar com o Divininho, como faço com o Paulo Teodoro. Só que o Paulinho me escuta, o Divininho não me escutava. A diferença está só aí.

Recebemos muitas reclamações de pessoas que ouvem a reunião da Câmara pelo rádio. Elas dizem que não se resolve nada. Como você avalia a produtividade do trabalho da Câmara?

Nos projetos importantes minha postura foi de oposição. A base do governo é mais dura do que a oposição. Não me considero uma pessoa boa, nem justa, mas tento manter o meu princípio de servir a população, mesmo que me doa, mesmo que fique alguns pedaços da minha carne no caminho e que eu (e até minha família) sofra muito. Trabalhar para o outro é uma característica da minha família que tem assistente social, professora e padre. Uma frase bíblica resume: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.

Você é um vereador conhecido pelos discursos inflamados na tribuna, e tem uma personalidade mais amena no âmbito pessoal. Seriam dois “Adrianos”, um que trabalha com política, e outro com trabalhos de autoajuda? Como você orienta as pessoas a enxergarem essas personalidades?

Eu não espero que elas enxerguem, senão, elas deveriam estar aqui, e não eu. Eu sei que sou mal interpretado e isso é natural. As pessoas levam tempo, a maioria leva anos para ser verdadeira com você. Estamos vivendo uma instabilidade nacional e eu estou pregando a paz interior. Então eu sou incompreendido, pois eles não veem que há uma manipulação da mídia mundial para desestruturar o cidadão. E eu, como um representante do cidadão, estou regando a amizade, amor, temperança, candura, o abraço e o acolhimento. E essas coisas para mim são importantes porque eu sei que, como representante do povo, eu tenho que direcioná-los para o que é bom e para o que é belo. Acho que essa é a minha função.

Falando do mandato de legislador, você tem algum arrependimento de alguma postura que você tomou nesses três anos?

Eu sou o autor da denúncia de nepotismo que causou a demissão do cargo da Lúcia de secretária de governo. Não só ela, mas do Juninho, ex-secretário de cultura e sobrinho do Fortunato. Vou te dar o exemplo da Lúcia, que eu causei a demissão dela. Todos os pedidos da população que eu levei, a Lucia conseguiu resolver. E eu vejo que não é só isso não, tanto ela quanto o prefeito tiram dinheiro do bolso para ajudar as pessoas e as entidades. Eu senti muito por ter ferido pessoas que são competentes e boas.

Uma proposta polêmica que você colocou em pauta foi a redução dos salários. Na verdade é um requerimento que pede à Mesa Diretora, formada pelos vereadores Cida Marcelino, Fortunato do Couto, Paulo Roberto e Quelli Cássia, que coloque o projeto em votação. O requerimento foi aprovado por seis votos a dois. Até hoje a presidente não se manifestou se vai ou não colocar o projeto em votação. Você vai cobrar dela ou vai ficar por isso mesmo?

O meu papel eu já fiz, agora você está fazendo o seu. Isso você não está fazendo em seu nome e sim porque você representa um grupo, sempre cobrando e articulando neste sentido. Cabe agora a vocês estarem fazendo a divulgação, pois o requerimento é forte porque ele é contra o vereador não ter tempo integral para a vereança. O vereador não vai largar a profissão de carreira para ser vereador, isso é impossível, sei disso. A maioria está quase aposentando e não vai largar a carreira. Mas é amoral, antiético e chato quando a gente vê o vereador no horário de trabalho de vereança estar exercendo outro cargo de carteira assinada.

Você vai ser candidato nas eleições de 2016?

Sou católico praticante e acredito que não cai uma folha da árvore se não for da vontade de Deus. O futuro não depende de mim. A minha vontade é não candidatar.

Mas e a questão dos salários que você propôs para os próximos vereadores?

Não é só a questão do salário, isso é o mínimo. Uma coisa é a minha vontade e outra é a de Deus, que rege as coisas. A política é o lado sujo que eu vivo e aqui eu sou obrigado a ser a pessoa que fica limpando a sujeira. Eu queria mexer com cultura, trabalhar lecionando, pois sou professor. Queria trabalhar atendendo, pois estou formando em psicanálise. Eu não queria estar trabalhando nesse chiqueiro, que é a política, mas foi aqui que Deus me colocou e é aqui que eu tenho que usar o meu dom. E aqui Ele me dá condições de estar crescendo como pessoa. A gente aprende é nas dificuldades, é na luta, é vendo o lado feio do irmão, que a gente vê que não está preparado, tem muita imaturidade e a gente tem que amá-lo mesmo sabendo que ele está falando mal de você pelas costas no Facebook e no Whatsapp.

O espaço está aberto para as suas considerações finais.

Primeiramente, aos leitores do Jornal Cidade quero deixar o meu agradecimento, agradeço à equipe do Jornal Cidade que tem feito um trabalho diferenciado, e agradeço principalmente ao prefeito municipal Paulo César Teodoro, que sem uma boa gestão o vereador fica só ouvindo não e que não tem dinheiro, conforme eu ouvia na outra gestão. Estamos passando por uma crise mundial e Lagoa da Prata com tanta obra e tudo funcionando bem. Tem uma hora que precisamos largar as diferenças de lado e pensar maior, de uma forma iluminada. Agradeço principalmente a Deus que tem iluminado.

 

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